Um relatório da Polícia Federal revelou conversas do jogador Bruno Henrique com seu irmão em um caso de suposta manipulação de apostas esportivas. Além das investigações na Justiça Comum, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) agendou o julgamento do atleta para o dia 4 de setembro, às 9h, na sede do tribunal no Centro do Rio de Janeiro. Bruno Henrique é acusado de ter forçado a receber um cartão amarelo em uma partida de 2023 contra o Santos, visando beneficiar apostadores. Se condenado, ele poderá enfrentar uma suspensão de até dois anos.

No contexto das investigações, além de Bruno Henrique, outros indivíduos também foram denunciados, incluindo Wander Nunes Pinto Júnior, irmão do jogador, e amigos dele, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Douglas Ribeiro Pina Barcelos. As esposas e parentes de Wander que também apostaram foram, por sua vez, excluídos da lista de denunciados do STJD.

Bruno Henrique foi denunciado em diversos artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), incluindo as seções que versam sobre a manipulação de resultados e condutas prejudiciais. As penas previstas vão de suspensão de 360 a 720 dias e multas que podem variar de R$ 100 a R$ 100 mil. Apesar da gravidade das acusações, o atacante manteve sua rotina no Flamengo, seguindo com as partidas e até marcando gols, como foi o caso na vitória de 8 a 0 sobre o Vitória.

A defesa do jogador se manifestou, argumentando que o cartão amarelo recebido não teve ligação com a intenção de manipular o resultado da partida. A defesa também lembrou que o STJD já havia arquivado um caso semelhante anteriormente. A equipe legal de Bruno Henrique sustentará que as novas acusações devem ter um resultado semelhante ao do caso anterior.