Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, e Leila Pereira compartilham mais do que simplesmente a liderança dos dois clubes de futebol mais exitosos do Brasil. Além de serem administradores competentes, ambos possuem egos inflados e uma busca incessante por reconhecimento. Para eles, o sucesso de Flamengo e Palmeiras não é suficiente; há uma necessidade de serem elogiados e admirados. Atualmente, eles estão envolvidos em uma disputa acirrada, onde as provocações e ironias se tornaram comuns.

Para os torcedores que não se identificam com nenhum dos dois clubes, parece haver uma preferência clara por Leila nesta contenda de egos. A presidente do Palmeiras se tornou, de certa forma, a voz de todos aqueles que não simpatizam com o Flamengo, incluindo aqueles que ressentem o histórico sucesso esportivo e financeiro do time, o mais popular do país. De fato, o Flamengo tem adotado comportamentos egoístas há algum tempo. Entretanto, a complexidade da atual rixa verbal entre as duas equipes vai muito além do que uma análise superficial poderia sugerir.

A questão da Libra, por exemplo, é um tema que demanda uma discussão mais profunda. Em termos de comunicação, Leila se destaca claramente em relação a Bap. O presidente do Flamengo tende a se manifestar por meio das redes sociais oficiais do clube e a criticar Leila em encontros internos do Conselho del Clube. Embora isso signifique que ele esteja se dirigindo a uma enorme torcida, que é a maior do Brasil, os não flamenguistas representam uma fatia significativa, cerca de 30%, de acordo com pesquisas de opinião.

Leila, por outro lado, tem se posicionado de maneira mais aberta, concedendo diversas entrevistas onde expressa suas opiniões sem restrições. Ela emite comunicados à imprensa sobre a postura do Palmeiras, o que a ajuda a aumentar sua popularidade na disputa contra o Flamengo. Enquanto Bap parece focado unicamente em defender os interesses do Flamengo, tal postura pode ter suas consequências. Na guerra de egos que se desenrola, Leila parece levar a melhor.