Em uma reunião recente do Conselho Deliberativo do Flamengo, foram discutidos os detalhes referentes à divisão dos direitos de transmissão da Libra. O dirigente rubro-negro, Bap, recebeu apoio significativo dos presidentes dos diversos poderes do clube, que formalmente manifestaram seu suporte a Luiz Eduardo Baptista, enfatizando a importância da reclamação pública sobre o formato de divisão dos direitos televisivos.

A carta, assinada por líderes do Flamengo, ressalta a relevância estratégica do tema, que não apenas envolve receitas consideráveis, mas também reconhece a grande força de audiência e o engajamento da torcida flamenguista, que se destaca como a mais popular do futebol brasileiro. O documento também elogia a atuação firme e técnica do Conselho Diretor em favor da transparência, da justiça e da implementação de critérios objetivos e auditáveis, reafirmando o papel histórico do Flamengo na modernização do esporte nacional.

Os presidentes dos poderes do Flamengo manifestaram: “Cientes da responsabilidade de preservar a grandeza e a independência do Clube, colocamo-nos à disposição para somar esforços e contribuir, institucionalmente, com o fortalecimento da posição rubro-negra neste debate de alta relevância para o presente e o futuro do futebol brasileiro.” Eles reafirmaram que o Flamengo está apenas reivindicando seus direitos sem intenção de prejudicar qualquer outro clube, buscando justiça e um tratamento equilibrado para todos.

Durante o encontro realizado no Salão Nobre da Gávea, Bap afirmou que a saída do Flamengo da Libra não é uma opção, defendendo as iniciativas da gestão atual que busca valorizar o clube como produto. Ele reiterou que o acordo firmado permanece em vigor até 31 de dezembro de 2029, e que o Flamengo e os demais clubes terão que conviver com os termos até lá.

Recentemente, a discussão se intensificou após o Flamengo demonstrar insatisfação com os valores dos repasses por audiência, correspondendo a 30% do contrato com a Libra, o que representa aproximadamente R$ 309 milhões. O clube conseguiu uma liminar bloqueando R$ 77 milhões de uma parcela, gerando descontentamento entre outros clubes. Além disso, surgiram declarações da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que sugeriu a formação de uma nova liga sem a participação do Flamengo. Bap, em tom irônico, comentou sobre essa situação, enfatizando que o Flamengo não se torna responsável pelos outros clubes.

Na visão do Flamengo, o estatuto da Libra não é claro quanto à porcentagem que os clubes devem receber do valor referente à transmissão televisiva, estabelecido em cerca de R$ 1,1 bilhão por ano até 2029. A distribuição prevista no acordo inclui: 40% da receita total (R$ 468 milhões) de forma igualitária, 30% (R$ 351 milhões) de acordo com a classificação no Brasileirão e 30% (R$ 351 milhões) com base na cota proporcional de audiência.

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