Durante um evento no Rio de Janeiro, o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, adotou uma postura mais moderada em relação às críticas feitas à arbitragem no Campeonato Brasileiro. Diferente da posição mais contundente do diretor de futebol, José Boto, que mencionou atuações "suspeitas" dos árbitros, Bap se esforçou para evitar conflitos com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e destacou a importância de não buscar justificativas para as derrotas da equipe.
Após a recente derrota para o Bahia, que custou a liderança da Série A ao Flamengo, Bap enfatizou que a equipe não deve procurar "muletas". Para ele, a expulsão do jogador Danilo, embora tenha impactado a tática do jogo, não foi o único fator que resultou na derrota. "A expulsão compromete uma estratégia de jogo? Compromete. Mas não é verdade que o Flamengo perdeu aquele jogo e a liderança apenas por causa disso", afirmou Bap.
Seguindo a lógica de que múltiplas circunstâncias influenciam os resultados, o dirigente fez uma comparação com o Botafogo, que, mesmo com um jogador expulso logo no início da final da Libertadores, conseguiu manter um bom desempenho e vencer a partida. "A derrota nunca é por um fator só", observou Bap, reconhecendo que existem diversos elementos, incluindo falhas dos árbitros, que podem influenciar um resultado.
Sua análise se aprofundou na questão da arbitragem no país, onde Bap reconheceu que a CBF vem se esforçando para mitigar os erros, embora os clubes muitas vezes não consigam apresentar soluções efetivas para melhorar a situação. Segundo ele, a arbitragem é composta por seres humanos que são suscetíveis à pressão do jogo, e os jogadores também são afetados pelo comportamento dos árbitros durante as partidas.
Bap relatou que o Flamengo se reúne semanalmente com a CBF para discutir questões de arbitragem, apontando que o principal pedido dos clubes é a uniformidade nos critérios durante os jogos. Ele ressaltou que, embora exista um aspecto incontrolável na atuação dos árbitros, o uso do VAR (árbitro assistente de vídeo) poderia ajudar a minimizar os problemas, se a comunicação entre o árbitro e o VAR for bem coordenada.
"Esse é um trabalho que eu reconheço que a CBF tem tentado fazer, mas é desafiador e não há soluções rápidas", concluiu o presidente, afirmando que é preciso um equilíbrio entre emoção e razão no gerenciamento das partidas. O Flamengo segue se preparando para seus próximos jogos, com partidas marcadas contra Botafogo, Palmeiras e Racing nos próximos dias.




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