Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, presidente do Flamengo, deu uma entrevista ao UOL onde respondeu às provocações de Leila Pereira, mandatária do Palmeiras. Essa nova troca de farpas destaca as rivalidades entre duas das principais lideranças do futebol brasileiro. Durante a entrevista, Bap comentou sobre a declaração de Leila, que se referiu a parte da torcida rubro-negra como “terraflamista”, criticando a postura do Flamengo em relação à Libra e o uso do sistema judiciário para barrar um repasse de R$ 77 milhões aos demais clubes do bloco.

Bap considerou a afirmação de Leila como “infantil”, enfatizando que o Flamengo não tem interesse em se separar da Libra. “Acho que é uma declaração infantil. Quem é que discutiu que quer estar separado? O Flamengo quer ficar na Libra. O Flamengo nunca discutiu, o Flamengo nunca aventou a possibilidade de sair”, afirmou. Ele ressaltou que o Flamengo, antes de outros clubes, já defendia a lei do mandante, que prometia benefícios financeiros para todos os clubes e que a equipe carioca estava agindo de maneira generosa nesse processo.

Além disso, Bap criticou aqueles que, segundo ele, estão mais preocupados em lucrar do que em trabalhar pelo bem coletivo do futebol. “Alguns só pensam em dinheiro, tiram vantagem, dedicam mais tempo e energia a aparecer em público, a propagar o seu ego do que, de alguma forma, em trabalhar pelo interesse coletivo”, declarou.

Ainda na entrevista, Bap se dirigiu a André Sica, advogado ligado ao Palmeiras, ressaltando um possível conflito de interesses, uma vez que o escritório de Sica entrou com um agravo da Libra contra o Flamengo. “O Sica é advogado do Palmeiras, a família dele trabalha para o Palmeiras há muito tempo”, afirmou, sublinhando que a Libra é, de fato, uma iniciativa favorável ao clube palmeirense.

A entrevista gerou reações no cenário do futebol e levantou dúvidas sobre a viabilidade da liga. “Se eu pudesse voltar atrás no tempo, eu jamais teria concordado com a construção de uma Libra. A Libra é verde. A Libra é toda verde”, concluiu Bap, referindo-se às suas preocupações com a forma como o projeto da liga está sendo conduzido.