A disputa envolvendo a Libra, Flamengo e Palmeiras se intensificou, ganhando novos capítulos nesta quarta-feira (15). Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, presidente do Flamengo, deu uma entrevista ao UOL onde rebateu as recentes declarações de Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Em paralelo, Silvio Matos, executivo da Libra, expressou suas críticas à postura do Flamengo em uma entrevista ao Estadão, questionando a viabilidade da criação de uma liga única no Brasil sem a participação do clube carioca.
Silvio enfatizou a importância da inclusão de todos os clubes, especialmente aqueles com grande legado histórico, ao afirmar: “Tecnicamente, dá? A resposta é ‘sim’. Mas faz sentido? Talvez não.” Ele também ressaltou a necessidade de mudar a abordagem das discussões, sugerindo que a insistência em olhar para o passado impede o progresso. Além disso, abordou a relação futura entre a Libra e o Flamengo, mencionando que é possível alcançar um acordo, embora a situação atual, marcada por um bloqueio financeiro, seja delicada.
Durante sua fala, Silvio descreveu a atual situação como uma “botecalização” e revelou que houve um “armistício” entre os clubes para evitar disputas judiciais enquanto procuram resolver o impasse financeiro. Ele também esclareceu que a acusação de veto do Flamengo não era verdadeira; ao contrário, os clubes votaram a favor de manter o estatuto existente.
Bap, por sua vez, respondeu às críticas de Leila Pereira sobre um suposto "terraflamismo" e a sugestão de criar uma liga sem o Flamengo, considerando-as declarações “infantis” e impraticáveis. Ele reitera que o Flamengo deseja permanecer na Libra e que a luta do clube pela lei do mandante foi uma tentativa de beneficiar todas as equipes envolvidas.
As contestações de Bap também se estenderam às afirmações de André Sica, advogado associado ao Palmeiras e outros clubes. Foram feitas alegações de conflito de interesses, levando Bap a expressar arrependimento sobre a criação da Libra, que caracterizou como “verde”, em alusão à cor do Palmeiras. Sica, por sua vez, respondeu que suas conexões familiares com o Palmeiras foram mal interpretadas e se defendeu, enfatizando seu papel em prol da união do futebol.
No meio da controvérsia, Gabriel Lima, CEO da Liga Forte União, comentou sobre a visão "míope" do Flamengo em relação à distribuição de recursos financeiros e a necessidade do clube carioca de diversificar suas fontes de renda. Lima expressou esperança de que uma resolução que evite a judicialização do conflito seja alcançada rapidamente, salientando que um modelo de divisão mais equilibrado poderia beneficiar todos, incluindo os clubes com maior torcida.




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