O confronto entre Palmeiras e Flamengo promete ser intenso não apenas em campo, mas também nos bastidores. As tensões entre as administrações dos clubes aumentaram após uma série de desavenças entre Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e Luiz Eduardo Baptista, mais conhecido como Bap, presidente do Flamengo. Essa rivalidade estourou no contexto da Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e chega a um clímax neste domingo, quando as equipes se enfrentam no Maracanã, às 16h (hora de Brasília), em um embate considerado por muitos como uma final antecipada do Campeonato Brasileiro.
A tensão começou em março, quando os clubes da Libra enviaram um manifesto à Conmebol para repudiar os casos de racismo nas competições sul-americanas. Todos os clubes assinaram, exceto o Flamengo, que justificou sua ausência afirmando que as relações com a Conmebol deveriam ser geridas pela CBF. Apesar disso, o Flamengo reafirmou seu compromisso no combate ao racismo.
Recentemente, um novo desentendimento ocorreu em relação aos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. O Flamengo conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, bloqueando o repasse de R$ 77 milhões, que deveria ser distribuído entre os clubes da Libra, incluindo o Palmeiras. Essa decisão gerou uma forte reação do Palmeiras, que rotulou a postura do Flamengo como "prepotente e dolosa", lembrando ainda a negativa do clube carioca em assinar o manifesto contra o racismo.
Em resposta, Leila Pereira fez sugestões polêmicas, propondo a criação de uma liga sem o Flamengo. Ela afirmou: "Acho que o Flamengo tem que jogar sozinho. Nenhum clube é maior que o futebol brasileiro." O clima de hostilidade entre as diretorias não parece dar sinais de melhora, já que o Palmeiras decidiu também tomar medidas legais contra a decisão do Flamengo que bloqueou a verba.
Recentemente, Bap também provocou Leila, levantando questões sobre um empréstimo da Crefisa ao Vasco. A presidente do Palmeiras se defendeu, negando que estivesse comprando o clube carioca e ironizando as afirmações de Bap ao relembrar um episódio de 2014, quando ele falou sobre a possibilidade de comprar a Netflix.
Para evitar maiores conflitos, Leila Pereira optou por assistir ao jogo de domingo pela televisão, acreditando que não seria apropriado comparecer ao estádio, dada a situação tensa com Bap.




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