A recente vitória do Flamengo sobre o Palmeiras, por 3 a 2, gerou uma avalanche de reclamações por parte do time paulista em relação à arbitragem. Os palmeirenses levantaram a questão da não marcação de um pênalti em Gustavo Gómez e criticaram uma falta de Danilo em Vitor Roque, que resultou em um dos gols do Flamengo. Após a partida no Maracanã, José Boto, diretor de futebol do Flamengo, avaliou a performance do árbitro como “normal”, mas aproveitou a oportunidade para criticar o clube adversário.

“A arbitragem foi uma arbitragem sem maiores casos, mas não foi a melhor, isso é certo. Várias faltas não foram marcadas a nosso favor”, declarou Boto. Ele enfatizou que a pressão sobre a arbitragem parece ter afetado o Palmeiras, afirmando: “Se estão reclamando, é porque não estão acostumados a jogar sem ajuda.” O tom provocativo continuou quando Boto mencionou que a equipe adversária ficou quieta durante um longo período e, ao enfrentar uma arbitragem considerada regular, começou a se queixar.

Na coletiva pós-jogo, o técnico do Flamengo, Filipe Luís, também comentou as reclamações do Palmeiras, admitindo um erro de comunicação em suas substituições, mas ressaltando que nenhum dos times foi realmente prejudicado. “Se tem alguém que não deveria reclamar da arbitragem, esse é o Palmeiras”, concluiu.

Em resposta, o Palmeiras, representado por Anderson Barros, diretor de futebol, repudiou as afirmações de Boto e Filipe Luís, classificando sua postura como “inaceitável”. Barros afirmou que, diferentemente de outros clubes que tendem a culpar as arbitragens por suas derrotas, o Palmeiras não faria isso. “Estamos orgulhosos pela performance que tivemos fora de casa, mas não podemos aceitar a hipocrisia”, disse ele, destacando que discutirá os erros da arbitragem em fóruns adequados.

O diretor palmeirense fez questão de ressaltar sua admiração por Filipe Luís, mas criticou a falta de ética ao se referir a outro clube de maneira negativa. Barros ainda rememorou uma declaração anterior de Boto, que havia sido desmentida em relação a supostas tentativas de invasão ao vestiário da arbitragem. “Espero que a Justiça Desportiva tome medidas firmes contra aqueles que mentem e fazem insinuações infundadas buscando vantagens”, finalizou Barros, ressaltando a gravidade da situação atual no futebol brasileiro.