Na quarta-feira, Flamengo e Racing iniciam a decisão da semifinal da Libertadores, com o primeiro jogo marcado para o icônico Maracanã. O jogo de volta ocorrerá na semana seguinte, no El Cilindro, em Buenos Aires. Essa rivalidade histórica já teve várias edições em estádios renomados e até em locais inusitados, como no Marrocos, onde as equipes se enfrentaram em um torneio há 57 anos.

O Flamengo, conhecido por sua garra e técnica, já enfrentou o Racing em algumas ocasiões durante excursões pela Europa e pela África. Em um dos encontros mais memoráveis, no dia 24 de agosto de 1968, o Flamengo foi derrotado pelo Racing por 2 a 0, sendo eliminado na semifinal do Troféu Conde de Fenosa, na Espanha. Contudo, no dia 1º de setembro do mesmo ano, o time carioca se redimiu ao vencer a Copa Mohammed V, conquistando um 3 a 2 em Casablanca. A taça desse torneio, que atualmente está em exibição no Museu do Flamengo, deu trabalho aos jogadores devido ao seu peso significativo.

Paulo Henrique, capitão do Flamengo naquela época, relembra da atmosfera intensa dos jogos contra os argentinos: “Brasil contra Argentina sempre gera expectativa. Eles com a força, o jogo duro, e o Brasil com a técnica. Jogar contra o Racing não é mole”. Paulo também compartilhou uma curiosidade sobre a entrega da taça, onde teve dificuldade para levantá-la devido ao seu peso e precisou da ajuda de seus companheiros de equipe.

Uma situação pitoresca também ocorreu na estreia do Flamengo no torneio, quando um gol do time foi anulado a pedido do rei durante a partida contra o FAR Rabat. O Flamengo ainda assim conseguiu vencer o jogo por 2 a 1, com o gol decisivo marcado nos minutos finais. O histórico de confrontos entre Flamengo e Racing é equilibrado, com seis vitórias para cada lado e seis empates, além de um total de 27 gols marcados por ambas as equipes em seus duelos.

Ao longo das décadas, os dois times se enfrentaram em diversas cidades, não apenas nas capitais Rio de Janeiro e Buenos Aires, mas também em São Paulo, Belo Horizonte, Santiago, Corunha e Aracaju. As estatísticas mostram uma rivalidade rica em história e emoção, prometendo mais um capítulo eletrizante na semifinal da Libertadores.