Rossi, o goleiro do Flamengo, celebrou a influência dos arqueiros argentinos na história do clube ao comentar sobre o seu papel na classificação para as semifinais da Libertadores. O jogador destacou sua atuação decisiva, que incluiu a defesa de dois pênaltis contra o Estudiantes na Argentina, e se prepara para enfrentar o Racing, na disputa pela vaga na final, marcada para esta quarta-feira, às 21h30, no Maracanã.

Desde que chegou ao Flamengo há pouco mais de dois anos, Rossi acumulou títulos, incluindo a Copa do Brasil, a Supercopa e dois campeonatos cariocas. O goleiro argentino almeja conquistar ainda mais em 2025, inspirando-se em um de seus predecessores, Ubaldo Fillol. Fillol, uma lenda do futebol argentino e reconhecido como um dos principais goleiros da sua época, deixou uma marca indelével no Flamengo, mesmo que sua passagem pelo clube tenha sido breve, durando pouco mais de um ano.

Em suas declarações, Rossi expressou sua emoção em seguir os passos de Fillol, que conquistou a Copa do Mundo em 1978 e foi o guardião da meta na edição de 1982. Fillol fez 71 partidas pelo Flamengo, conquistando títulos e se transferindo posteriormente para o Atlético de Madrid, uma saída da qual ele se arrependeu. Rossi, diferentemente de Fillol, tornou-se o primeiro goleiro estrangeiro do Flamengo após 38 anos sem tal presença.

Após anos sem interação, Rossi finalmente conheceu Fillol pessoalmente durante uma visita ao Ninho do Urubu. O momento foi significativo, especialmente porque Fillol estava no Rio de Janeiro a convite do Racing, seu antigo clube, para participar da Recopa Sul-Americana. Na visita, o ex-goleiro presenteou Rossi com uma réplica da camisa que usou na Copa de 1978, simbolizando a conexão entre as gerações.

Rossi comentou sobre a importância dessa linha de continuidade entre goleiros argentinos no Flamengo e a felicidade que sente por fazer parte da rica história do clube. Ele enfatizou o impacto do apoio da torcida em seu trabalho, ressaltando seu compromisso em participar ativamente do jogo, não apenas defensivamente, mas também contribuindo para a saída de bola da equipe.

Até o momento, Rossi fez 130 partidas pelo Flamengo, tendo sofrido 89 gols, o que resulta em uma média de 0,68 gols sofridos por jogo, e não foi vazado em 65 delas, ou seja, metade dos jogos disputados. A sua importância se torna ainda mais evidente em partidas de Libertadores, onde, em 20 jogos, ele manteve o gol invicto em 11 oportunidades.

Agora, após vencer o Estudiantes em sua terra natal, Rossi se prepara para deixar mais um time argentino para trás, visando alcançar a final da Libertadores, com o primeiro confronto contra o Racing no Maracanã e a decisão marcada para o dia 29 na Argentina.