O Flamengo atravessa um dos seus períodos mais difíceis em relação às cobranças de falta nos últimos dez anos. Desde 2021, o clube carioca conseguiu balançar as redes apenas seis vezes através deste tipo de lance, com a atual temporada apresentando um desempenho ainda mais fraco. É notável que a equipe, comandada por Filipe Luís, está gerando menos oportunidades de gol em cobranças de falta do que o time de 2018 fazia em um único mês.
O recente desempenho é evidenciado pelo fato de que, em 2025, apenas De la Cruz conseguiu marcar em um jogo pela Libertadores contra o Central Córdoba. Este dado destaca um declínio acentuado em um fundamento que já foi considerado uma arma letal para o Rubro-Negro e reflete uma tendência observada no futebol brasileiro como um todo. A diferença em comparação com o auge da equipe em 2018 é como um eco do passado; naquela época, o Flamengo chegou a marcar seis gols em cobranças de falta, sendo quatro deles assinados por jogadores excepcionais como Diego e Lucas Paquetá, que integravam uma equipe com grande talento técnico e aproveitamento eficiente nas bolas paradas.
Desde este período, o número de gols de falta despencou: foram três em 2024, um em 2023, um em 2022 e apenas um em 2021. Antes disso, o Flamengo enfrentou um jejum de mais de 1.200 dias sem marcar de falta, o mais longo desde 2015.
O calendário intenso de jogos e a escassez de tempo para treinos têm impacto direto nesse cenário. Filipe Luís, o técnico da equipe, reconhece a dificuldade em ensaiar cobranças de falta devido à rotina desgastante. Embora ele ressalte que a situação é um problema generalizado, que envolve a evolução das barreiras defensivas e a melhora dos goleiros, o Flamengo, que já teve cobradores como Diego, Paquetá, Everton Ribeiro e Arrascaeta em grande forma, agora luta para transformar a habilidade individual em eficiência prática.
O contraste entre a excelência técnica de 2018 e o que se observa atualmente revela mais do que uma mera oscilação; é um indicador de que o Rubro-Negro perdeu um dos seus diferenciais, crucial em partidas equilibradas. Com apenas um gol de falta em toda a temporada até o momento, as esperanças da equipe recaem sobre De la Cruz, Arrascaeta e Léo Pereira, na busca para reviver uma arte que se torna cada vez mais rara no futebol contemporâneo.




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