A recente ação do Flamengo, que questiona judicialmente a divisão da receita do acordo de transmissão da Libra, levou o Atlético-MG a tomar a decisão de deixar o grupo e retornar à Liga Forte do Futebol (LFU). O CEO do Atlético-MG, Bruno Muzzi, expressou a insatisfação de seu clube em relação à postura do Flamengo, sem citar nomes específicos, mas deixando clara a desavença entre as partes. A polêmica começou há um mês, quando o Flamengo acionou a Justiça do Rio de Janeiro para bloquear uma parte dos direitos de transmissão que o Grupo Globo paga à Libra, discordando da divisão das receitas e solicitando suspensão até que a questão fosse solucionada.

A ação judicial gerou desconforto entre os demais membros da Libra, muitos dos quais contavam com esses recursos para garantir um fluxo de caixa estável. O Atlético-MG foi um dos clubes diretamente impactados por essa situação. Muzzi declarou: "Essa é uma decisão que já vinha sendo pensada há um tempo. O Atlético-MG não compactua com essa visão individualista que, principalmente, o Flamengo vem tendo". Ele ressaltou que a relação do Atlético-MG com os outros associados da Libra sempre foi positiva, exceto em relação ao Flamengo, a quem acusou de tumultuar o ambiente.

A migração do Atlético-MG para a Libra em 2023 foi uma decisão estratégica, já que o clube foi um dos responsáveis pela criação da LFU em 2022. Muzzi explicou a mudança de posição, afirmando que na época a escolha parecia a mais adequada e segura. Contudo, os desenvolvimentos recentes levaram a diretoria a reavaliar sua participação na Libra. "O Atlético-MG sempre foi muito bem recebido por todos os associados à Libra," comentou Muzzi, reforçando sua esperança de que outros clubes reconsiderem suas posturas diante da situação.

Até o momento, o Flamengo não se manifestou sobre as declarações de Bruno Muzzi, e o espaço para uma resposta segue aberto. A decisão do Atlético-MG marca um novo capítulo nas negociações entre os clubes e pode ter implicações significativas na dinâmica entre as ligas e na divisão de receitas futuras.