Neste sábado (1º), o Santos enfrenta o Fortaleza, às 16h (horário de Brasília), na Vila Belmiro, em mais um jogo crucial na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Durante a semana, o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, causou controvérsia ao sugerir a redução do número de rebaixados para a Série B. Segundo ele, ter quatro rebaixados "é muito grave", e destacou que clubes estão discutindo mudanças nas regras.
Teixeira argumenta que, com quatro times sendo rebaixados, o campeonato se torna muito complicado e demanda uma avaliação séria. Ele acredita que a equipe deve focar em suas atuações na Villa Belmiro para garantir um final de temporada positivo. No entanto, o dirigente também garantiu que o Santos tem a estrutura e o talento necessários para ocupar uma posição melhor na tabela.
A discussão sobre o número de rebaixados suscita opiniões divergentes. Leonardo Bertozzi, comentarista da ESPN, discorda da proposta de Teixeira e defende que, devido ao grande número de times e torcidas no Brasil, uma rotatividade de 20% na Série A é justificável. Por outro lado, Mário Marra avalia que a competitividade deve ser preservada e considera que a diminuição do número de rebaixados não equilibra a disparidade entre as Séries A e B.
Paulo Cobos concorda com Teixeira e observa que nenhuma das grandes ligas do mundo rebaixa quatro clubes por temporada. Ele acredita que a alta rotatividade é prejudicial para o futebol brasileiro e sugere que isso alimenta uma cultura de troca entre as divisões que não favorece o desenvolvimento a longo prazo dos clubes.
André Donke considera o número atual excessivo, apontando que 20% do campeonato sendo rebaixado anualmente é incomum perante os padrões da Europa, onde geralmente apenas três times caem. Já Gian Oddi, mesmo reconhecendo a necessidade de competição, defende que ter quatro equipes rebaixadas mantém a chama acesa para a disputa nas últimas rodadas.
Por fim, Paulo Calçade levanta questões sobre como essa estrutura afeta as equipes menores que sobem, dificultando sua permanência na primeira divisão. Ele sugere que seria mais equilibrado rebaixar três ou até duas equipes, proporcionando espaço para que os clubes recém-promovidos consigam se fortalecer.
Ubiratan Leal observa que a discussão sobre o número de rebaixados não é nova e frequentemente surge quando clubes tradicionais enfrentam risco de queda. Apesar de sua natureza potencialmente oportunista, ele acredita que o debate é pertinente e que a questão da rotatividade precisa ser reconsiderada, buscando um modelo que traga mais estabilidade ao futebol brasileiro.




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