Ao celebrar seus 130 anos de história, o Flamengo é frequentemente associado a seus renomados atletas, aqueles que aparecem nas fotos com os troféus e frequentemente estão sob os holofotes. Contudo, por trás desse glamour está uma equipe de funcionários dedicados que desempenham um papel fundamental na construção da identidade rubro-negra. Desde a Gávea até o Ninho do Urubu, essas pessoas são cruciais para o legado do clube.
No coração da história do Flamengo, José Cardoso de Santana, conhecido como Cardosinho, é o funcionário mais antigo do clube, dedicando-se profundamente ao remo por 50 anos. Sua história remete a um encontro casual com Buck, o icônico comandante do departamento de remo, que alterou o curso de sua vida. Ao enfatizar a importância de Buck, Cardoso destaca a tradição e o respeito que prevalecem no clube, onde a cultura de gratidão é palpável.
Por outro lado, Moisés Azevedo, após 33 anos na rouparia do Flamengo, tem sido testemunha das transformações radicalmente positivas que a equipe enfrentou. Desde seus primeiros dias no futebol de salão até os grandes momentos com a equipe profissional, Moisés viu o Ninho do Urubu se transformar em um centro de treinamento referencial, um testemunho do crescimento do clube e da importância de cada funcionário na realização desse crescimento.
As histórias pessoais de Cardoso e Moisés são mais do que testemunhos; elas fazem parte de um resgate contínuo do patrimônio histórico do clube. Essas experiências são cuidadosamente registradas no Museu do Flamengo, que abriga um acervo com mais de 35 mil itens, refletindo a rica história do clube. Um dos objetos mais valiosos no museu é uma camisa original de um dos fundadores do Flamengo, simbolizando a evolução das cores do clube, que começou com azul e amarelo antes de se tornar o rubro-negro conhecido hoje.
A interação entre os funcionários e os jogadores vai além do espaço físico, estabelecendo uma conexão emocional durante momentos críticos, como em finais de campeonato. Moisés, morador do Morro do Borel, acumula recordações das conquistas do Flamengo, guardando lembranças como medalhas e uniformes que simbolizam a união entre a equipe e sua torcida.
As narrativas de Cardoso e Moisés, ainda que representem apenas uma fração dos 130 anos do Flamengo, enfatizam uma verdade fundamental: o clube é feito de pessoas. Cada funcionário, cada jogador e cada torcedor é parte de uma rica tapeçaria que constrói a imagem e a tradição do Flamengo, evidenciando que a verdadeira essência do clube reside nas pessoas que o tornam grande.




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