Saúl chegou ao Flamengo em junho deste ano e, em poucos meses, já viveu momentos especiais com a camisa rubro-negra. O jogador espanhol, que irá disputar pela primeira vez uma final da Libertadores, conversou exclusivamente com o Lance!, compartilhando detalhes sobre sua transição para o clube carioca, seus planos para o futuro e, é claro, sua forte conexão com a torcida. A decisão de mudar a trajetória de sua carreira e jogar em outro continente não foi fácil, mas com o apoio de companheiros e torcedores, Saúl e sua família se adaptaram rapidamente à nova rotina.

“A verdade é que foi uma mudança muito grande na minha vida. No fim das contas, tive um filho carioca, algo que eu nunca imaginei. As mudanças no começo foram difíceis, mas a cada dia me sinto mais à vontade, mais em casa, e, sobretudo, muito agradecido a toda a torcida, ao clube, especialmente aos meus companheiros e ao treinador”, relatou Saúl, demonstrando gratidão pela acolhida que recebeu.

Saúl destacou a simpatia das pessoas no Brasil: “Desde o primeiro dia em que cheguei aqui, as pessoas, mesmo sem me conhecerem, trataram minha família e eu muito bem. Elas são muito próximas, sempre tentando ajudar.” Ele também mencionou como seus filhos se divertem e fazem novos amigos, adaptando-se bem à escola e aprendendo diferentes idiomas.

Quanto ao seu futuro no Flamengo, que inclui um contrato até o fim de 2028, Saúl considerou a possibilidade de permanecer no clube por muitos anos. “Existem muitas possibilidades de que o Rio se torne nossa segunda casa”, afirmou. Ele também falou sobre sua relação com o treinador Filipe Luís, revelando que seria um sonho se tornar um técnico, mas que reconhece as dificuldades dessa empreitada.

O Maracanã, famoso estádio do Flamengo, é um dos aspectos que Saúl mais aprecia. “O que eu mais gosto no Maracanã é a torcida. Desde o primeiro dia, senti uma conexão especial com eles, mesmo sem ter jogado. Isso foi muito especial e guardarei para a vida toda”, comentou, enfatizando a importância do apoio dos torcedores.

Sobre sua decisão de jogar no Flamengo, Saúl revelou a importância de Filipe Luís em sua escolha: “Ele era uma parte muito importante. Embora não tenha precisado convencê-lo, sua presença tranquilizou minha família.” Segundo Saúl, toda a história do Flamengo, sua grandeza e a facilidade da adaptação, como o idioma e o clima, tornaram a escolha mais simples.

Em relação ao seu desejo de se tornar treinador, Saúl admitiu que a ideia sempre esteve presente, mas que levar isso adiante é desafiador. “Você precisa acreditar em si mesmo para que os jogadores também acreditem, e isso não é fácil”, refletiu. Ele ainda elogiou Filipe Luís pelo seu trabalho como técnico, observando como ele gerencia as relações com os jogadores que já foram seus companheiros de equipe.

Além disso, Saúl elogiou a qualidade do jogador Arrascaeta, descrevendo-o como uma peça-chave para o Flamengo. “Quando ele está bem, o Flamengo é outro time. Ele tem características que ninguém mais possui no elenco”, disse, ressaltando a importância da renovação de contrato do uruguaio, que é visto como uma lenda do clube.

Refletindo sobre a final da Libertadores, Saúl considerou a experiência intensa e emocionante, destacando a paixão da torcida e o histórico jogo contra o Palmeiras. “É muito bonito representar o Flamengo na Libertadores e ter a sorte de disputar uma final tão histórica”, declarou, enfatizando a importância de aproveitar a oportunidade.

Saúl também comentou sobre as diferenças entre o futebol brasileiro e europeu, citando que o nível de arbitragem e a qualidade dos gramados no Brasil muitas vezes não correspondem aos padrões europeus. “Precisamos melhorar as instalações para desenvolver o futebol da melhor forma possível”, sugeriu.

Quanto à seleção espanhola, Saúl afirmou que seu foco atual está no Flamengo, mas a possibilidade de ser convocado para a Copa do Mundo de 2026 é sempre uma ilusão para um jogador. “Quero aproveitar meu momento aqui e estar feliz, e se tiver a sorte do treinador confiar em mim, ficarei muito feliz em representar meu país”, terminou.