Desde 2018, Palmeiras e Flamengo têm se destacado como os principais rivais do futebol brasileiro, competindo em diversas finais e criando um ambiente fervoroso tanto em campo quanto nos bastidores. A próxima etapa dessa rivalidade será a final da CONMEBOL Libertadores, marcada para este sábado (29), em Lima, às 18h (de Brasília), com transmissão ao vivo pelo Disney+.
O clima aqueceu ainda mais após a recente partida do Brasileirão, em que o Flamengo venceu o Palmeiras por 3 a 2, marcada por provocações entre os jogadores. Parte dessa tensão é atribuída à animosidade crescente entre as diretorias. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, presidente do Flamengo, são desafetos declarados, o que tem alimentado a rivalidade.
Após Bap assumir a presidência do Flamengo no final do ano passado, uma série de desentendimentos começou a surgir. Em setembro, o Flamengo e a Liga que reúne clubes da Série A, chamada Libra, entraram em conflito quando o clube carioca recorreu à Justiça para bloquear o repasse de R$ 77 milhões. Esta quantia se refere a 30% dos ganhos provenientes da exibição na televisão, tanto fechada quanto aberta, e do pay-per-view.
A ação gerou uma reação rápida dos demais clubes associados à Libra, incluindo o Palmeiras, que se manifestaram contra a postura do Flamengo. Leila Pereira não hesitou em criticar publicamente a situação, sugerindo a criação de uma nova liga que excluísse o Flamengo, afirmando que “nenhum clube é maior que o futebol brasileiro”. Suas declarações provocativas capturaram a atenção da mídia e dos torcedores, quando ela comparou a situação a “terraflamistas”, pessoas que veriam o Flamengo como o centro do universo futebolístico.
Em resposta, Bap desdenhou das críticas de Leila, chamando-as de “guerras de narrativas tolas” e enfatizando que o Flamengo não poderia jogar sozinho, uma vez que isso seria desastroso para as demais torcidas. Suas palavras também refletiram preocupação com a sustentabilidade financeira do futebol brasileiro, referindo-se a um empréstimo controverso da Crefisa, empresa de Leila, ao Vasco.
Em resposta ao vazamento de suas declarações, Leila reafirmou seu compromisso em defender os interesses do Palmeiras sem prejudicar seus adversários e negou qualquer intenção de adquirir o Vasco, enfatizando que “não está comprando nem o Vasco, nem a Netflix”.
O último confronto entre Bap e Leila foi mais civilizado, durante a semifinal da Libertadores, onde ambos se respeitaram. Na final, é esperado que eles compartilhem um espaço próximo, seguindo o protocolo habitual. Resta saber se essa cordialidade será mantida durante o evento decisivo do campeonato.




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