A paixão dos torcedores do Flamengo se revela mais uma vez na proximidade da final da Libertadores de 2025, que será disputada contra o Palmeiras no Estádio Monumental, em Lima, Peru. Às vésperas do grande jogo, muitos rubro-negros estão repetindo as loucuras que marcaram as finais de 2019, 2021 e 2022, demonstrando que o amor pelo time transcende obstáculos e distâncias. As histórias de dedicação, aventura e até perrengues se multiplicam entre aqueles que sonham com mais um título para o clube.
As viagens começam com longos deslocamentos, que variam de ônibus, carro e até motos, com trajetos que podem levar de 5 a 15 dias. O aposentado Renê Souza, por exemplo, fez uma jornada solitária de 5 mil quilômetros desde Rio das Ostras (RJ) até a fronteira do Brasil com o Peru, onde completou o percurso de avião. Enquanto isso, Daniel Amadeu, de Juiz de Fora (MG), desbravou 6 mil quilômetros de moto, atravessando seis estados brasileiros, reforçando que a paixão pelo Flamengo é uma motivação poderosa para tais deslocamentos.
Ainda assim, há aqueles que, apesar de optarem por voos, enfrentam os altos preços das passagens e longas horas de espera. Algumas viagens aéreas podem chegar a durar até 40 horas devido a escalas, evidenciando que a jornada até o estádio é quase tão emocionante quanto a partida em si. Histórias como as de Matheus Grillo, que viveu perrengues na final de 2019, revelam que o amor pelo clube pode levar os torcedores a situações limite.
Matheus enfrentou desafios inimagináveis no seu trajeto até Lima. Ao tentar chegar à final, ele passou por situações arriscadas, como um sequestro na Bolívia, onde precisou convencer seus captores sobre sua paixão pelo Flamengo para evitar maiores perigos. A aventura se tornou ainda mais intensa quando ele teve que correr contra o tempo e a situação para chegar ao jogo, que ele assistiu com a saúde comprometida devido ao estresse do trajeto. Mesmo assim, conseguiu chegar apenas algumas horas antes do início da partida, refletindo a determinação ardente dos torcedores.
Outra emocionante história é a de Alice Lima, que, enfrentando problemas de saúde em meio à ansiedade da final, também precisou lidar com o estresse durante a partida. Sua preocupação com seu filho durante a final apenas aumentou a tensão que ela já enfrentava devido à sua condição médica. Mesmo assim, ela mostrou uma força admirável e a inabalável vontade de não perder o espetáculo.
Além da garra dos torcedores, há histórias de lealdade que marcam a relação dos fanáticos com o Flamengo. José Esparta, um peruano que se tornou flamenguista após se mudar para o Brasil, não pensou duas vezes em faltar ao trabalho para receber o Flamengo e foi demitido por isso. Contudo, ele afirma que faria tudo de novo, evidenciando o impacto que o clube teve em sua vida.
Como em todo grande evento, tatuagens e promessas também fazem parte da cultura torcedora. Em 2019, alguns torcedores fizeram acordos entre eles para homenagear jogadores caso o Flamengo conquistasse o título, mostrando que a paixão e as tradições estão profundamente enraizadas nas respostas emocionais ao time do coração.




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