Foto: Cezar Loureiro

Mesmo promovendo o revezamento entre titulares e reservas, o Flamengo foi o clube que mais se dedicou ao falido Estadual. E, um dia após o título da Taça GB, conquistado com duas rodadas de antecedência, não fez festa. Pelo contrário, entrou em rota de colisão com a Federação e agora vai partir para o confronto. No próximo domingo, mandará um time C para o jogo com o Bangu, em Volta Redonda.

Nesse mesmo dia, a delegação rubro-negra embarcará para a Bolívia, onde enfrentará o Bolívar, dia 19, em La Paz. Por isso mesmo, a diretoria pediu há cerca de dois meses a antecipação do duelo com o Bangu para sábado. Com a conquista da Taça GB, ganhou mais um argumento: poderia fazer do duelo uma festa com entrega de troféu e volta olímpica no Maracanã. Recebeu um não como reposta.

— A delegação tem uma viagem marcada para o mesmo dia do jogo. Mas a Federação não achou que isso fosse um argumento válido. Quer dizer, vamos ter que escalar um terceiro time. Vamos com alguns jogadores que não irão viajar e com alguns juniores. Nem o técnico do profissional vai. Vamos mandar o Marcelo (Buarque), técnico dos juniores — disse o vice-presidente de futebol, Wallim Vasconcelos.

Do prestígio que o Flamengo dispensou ao campeonato nas últimas 13 rodadas não haverá nem sombra no Raulino de Oliveira. Além da ausência de jogadores e do técnico Jayme de Almeida, nenhum dirigente estará presente em Volta Redonda para receber o troféu caso ele seja entregue. A tendência, no entanto, é que a Federação só o libere no duelo com a Cabofriense, na última rodada, em data a ainda a ser definida. A guerra foi declarada.

— Queríamos mandar o jogo para o Maracanã, no sábado, para fazer uma festa bonita, de entrega da taça. Sinceramente, não sei mais o que é interessante para eles. Aí depois não sabem porque o Estadual anda tão esvaziado... — alfinetou o vice de futebol rubro-negro.