Apesas das críticas de três dos quatro grandes clubes do Rio, Rubens Lopes seguirá no comando da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) até 2018. Em uma eleição relâmpago que durou apenas oito minutos e contou com um discurso inflamado de apoio do ex-presidente do Vasco Eurico Miranda, nesta terça-feira, Rubinho foi reeleito por aclamação.

A Assembleia na sede da entidade contou com a participação de times das séries A, B e C do Campeonato Carioca, além de ligas amadoras e times da capital que não disputam as principais divisões do Estadual. O Fluminense foi o único a não enviar representantes.

Às 13h08, o presidente da Assembleia e do Madureira, Elias Duba, abriu a sessão e logo passou a palavra a Eurico Miranda.

"Eu, como grande benemérito desta Federação e frequentador ativo há 30 anos, queria pedir uma homenagem ao belo trabalho do doutor Rubens Lopes", disse, sendo aplaudido por todos os presentes, dando logo mostras de que a reeleição não seria problema.

"Esse filme que está passando por aí [carta de protesto de Fla, Flu e Vasco] eu já vi. Querem sempre fazer o futebol do Rio de patinho feito. Isso não existe. O futebol do estado depende mesmo é dessa base que está aqui [apontando para os presentes]. São vocês que fazem o futebol do estado. Não são apenas estes grandes. Dependemos desta base e deste maravilhoso trabalho de Rubens Lopes", encerrou, sendo aplaudido mais uma vez.

Na sequência, o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, sugeriu que a eleição fosse realizada por aclamação, visto o cenário de chapa única e imenso apoio. Neste momento, todos os representantes de clubes e ligas se levantaram, aplaudiram Rubens Lopes e aclamaram a reeleição do mandatário.

O processo rápido ratificou o resultado a favor da chapa que já comanda a Federação desde 2006.

Em seguida, com a sessão oficialmente encerrada, Rubinho pediu a palavra para se defender da nota divulgada pelos grandes clubes na noite da última segunda-feira e atacou Flamengo, Fluminense e Vasco.

"Eles estão reclamando das taxas daqui? Deveriam se mudar para São Paulo e disputar o Campeonato Paulista. Este documento está cheio de equívocos. O Vasco nos deve R$ 1,2 milhão. O que nós arrecadamos com taxas é para superar a inadimplência deste clube. Além disso, pediram jogos em estádios com refletores à noite. Passei na Gávea, não tem iluminação. Nas Laranjeiras também não. Então eu fico pensando: é complicado. E o presidente do Fluminense quer mais debates, mas a única vez que ele esteve aqui em um arbitral foi em 2011", provocou o mandatário reeleito.