A expectativa para a final da Libertadores, marcada para este sábado (29) em Lima, é alta e o equilíbrio parece ser a tônica do confronto. No entanto, para Júnior, ídolo do Flamengo e comentarista do Grupo Globo, o time rubro-negro pode ter um leve diferencial no aspecto psicológico. Ele observa que, apesar de não haver um favorito claro para a partida, a boa fase do Flamengo no Campeonato Brasileiro contribui para aumentar a confiança dos jogadores em relação ao Palmeiras.
Júnior, que foi campeão continental em 1981, destacou a importância do fator psicológico em um jogo tão decisivo. “Uma final única não tem favorito. Mas a parte mental do Flamengo está um pouquinho mais alta em virtude de tudo o que acontece no Campeonato Brasileiro”, afirmou ele, que está em Lima para acompanhar de perto essa grande decisão.
Ao relembrar a final de 2021, o comentarista ressaltou como um detalhe pode mudar o destino de uma partida. “Um jogo dessa prateleira é resolvido nos detalhes, como aconteceu em 2021, naquele jogo fatídico para a torcida do Flamengo, a perda da bola do Andreas Pereira.”
Outro ponto que Júnior abordou foi a presença de Andreas Pereira, agora no Palmeiras. Segundo ele, essa final tem um peso emocional adicional para o meio-campista, que busca se redimir do erro que resultou no gol de Deyverson e na conquista do título pelo Palmeiras há quatro anos. “O jogo tem um peso maior para o Andreas. Ele vai querer uma revanche em relação àquele episódio, deve estar fazendo uma programação diferente. Para o Flamengo, não faz diferença, não tem influência a presença dele, o time está em um bom momento”, analisou.
Júnior também comentou sobre as dúvidas na escalação das duas equipes. No Flamengo, há uma disputa acirrada entre Carrascal ou Luiz Araújo de um lado, e Cebolinha ou Samuel Lino do outro. Do lado do Palmeiras, ele expressou curiosidade sobre possíveis surpresas táticas de Abel Ferreira. Em relação aos protagonistas da partida, acredita que Bruno Henrique e Arrascaeta podem ser decisivos para o Flamengo, enquanto Vitor Roque e Flaco López se destacam como nomes fortes do Verdão.
Por fim, Júnior comparou o clima emocional de sua época com o atual formato da decisão em jogo único. Para ele, essa intensidade emocional é ainda maior hoje em dia. “Há um trabalho para minimizar imprevistos. E em dia de decisão, passa um filme de tudo o que aconteceu até chegar à decisão”, concluiu.




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