A defesa de Bruno Henrique, jogador do Flamengo, expressou sua indignação após uma decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal ter aceitado um recurso do Ministério Público (MPDFT) no dia 4 de outubro. Essa decisão torna Bruno réu pelo crime de estelionato, em um caso que envolve alegações de manipulação de apostas esportivas. O atleta já respondia anteriormente por fraude esportiva e agora enfrenta novos desafios legais, junto com outras oito pessoas, incluindo seu irmão Wander Nunes Pinto.
Em nota enviada ao site Lance!, os advogados do atacante mencionaram que a equipe recebeu a decisão com surpresa e contrariedade, uma vez que contraria uma deliberação anterior de primeira instância, já claramente fundamentada. Eles informaram que pretendem apresentar um novo recurso às instâncias competentes, buscando reverter o que consideram um erro na acusação. "A defesa do atleta Bruno Henrique recebeu com indignação a notícia do julgamento que acatou recurso do MPDFT para abrir ação penal quanto a um suposto crime de estelionato, fato que contraria decisão fundamentada do juiz de primeira instância", disse o comunicado.
O crime de estelionato, conforme definido pelo artigo 171 do Código Penal, refere-se à obtenção de vantagem ilícita por meio de fraude ou engano, causando prejuízo a terceiros. Caso Bruno Henrique seja condenado, ele pode enfrentar uma pena de um a cinco anos de prisão. O jogador foi denunciado pelo MPDFT em junho, juntamente com seu irmão e mais sete pessoas. Segundo a acusação, Bruno teria informado ao irmão sobre a expectativa de receber um cartão amarelo durante uma partida contra o Santos, realizada em novembro de 2023, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Esse aviso levantou suspeitas em torno das apostas feitas por Wander e outros associados, devido ao volume de investimentos no resultado do jogo.
Mensagens extraídas do celular do irmão de Bruno foram utilizadas como evidência na denúncia. No dia 4 de setembro, Bruno Henrique já havia sido condenado pelo STJD por manipulação de resultados, o que resultou em uma suspensão de 12 jogos no Brasileirão e uma multa de R$ 60 mil. A defesa do jogador, representada pelos advogados Michel Assef Filho e Alexandre Vitorino, argumentou a favor da prescrição do caso, mas essa solicitação foi rejeitada pelo Tribunal. Contrariando a punição inicial, a defesa recorreu e, em 13 de novembro, o recurso foi julgado favoravelmente, culminando na absolvição de Bruno Henrique no processo de suposta manipulação de resultado, permitindo-o retomar suas atividades em campo.




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