A relação entre as diretorias do Flamengo e do Palmeiras passou por um novo atrito nesta segunda-feira, quando Leila Pereira, presidente do Verdão, criticou a proposta do Flamengo sobre a padronização dos gramados no futebol brasileiro. Em um momento de tensão, Leila defendeu a utilização de grama sintética no Allianz Parque e acusou o Flamengo de disseminar informações falsas a respeito do tema.

Leila afirmou: "O Palmeiras tem estádio próprio e optou pela implementação de um gramado artificial. Eu também tenho um estádio, a Arena Crefisa Barueri, onde decidi adotar o piso sintético. O mais importante é respeitar as regras da FIFA e a integridade física dos atletas, sem clubismo e sem fake news". Ela ainda apontou que a gestão do Flamengo deveria focar em melhorar o estado do gramado do Maracanã, ao invés de criticar a escolha do Palmeiras.

No documento protocolado na CBF, o Flamengo defende que os gramados artificiais não são ideais para o futebol de alto nível e afirmam que existem estudos que indicam que essas superfícies podem ser prejudiciais à saúde dos jogadores. Contudo, Leila refutou essas alegações, dizendo que não há evidências científicas que comprovem um maior risco de lesões em campos sintéticos. Ela ressaltou que, desde a adoção do gramado artificial, o Palmeiras tem apresentado um dos menores índices de lesões na Série A.

A troca de farpas entre Leila e o presidente do Flamengo, Bap, também ganhou novas dimensões, com Leila criticando a ausência do Flamengo em reuniões e debates da CBF e da Libra durante a temporada. "É louvável que o Flamengo apresente uma proposta que beneficia o futebol brasileiro, ao contrário de apenas seus próprios interesses", alfinetou Leila, referindo-se ao histórico de omissões do clube carioca nas discussões mais amplas sobre o desenvolvimento do futebol nacional.