Um lance marcado pela falta de camaradagem foi visto no final do empate em 2 x 2 entre Flamengo e Bolívar, nesta quarta-feira, no Maracanã, pela 3ª rodada da Taça Libertadores. O meia Gabriel, do Rubro-Negro, ficou estendido no chão após reclamar de uma falta, não marcada pelo árbitro. Após os bolivianos chutarem a bola para a lateral, a mesma voltou ao jogo sob posse do Rubro-Negro. Na análise do jornalista Carlos Eduardo Mansur, de "O Globo", o episódio prova que o código de ética dos times brasileiros e sul-americanos varia de acordo com as necessidades.
- Há uma mensagem clara aí. Nós, que questionamos tantas cafajestagens que acontecem na Libertadores em outros países, que consideramos menos desenvolvidos que nós e atribuímos isso à falta de educação, temos percebidos que fazemos a mesmas coisas, usamos os mesmos recursos. Parece que, como estava difícil ganhar o jogo, não dava para ser gentil. Às favas com a gentileza.
Talvez o Bolívar tenha jogado a bola para fora para matar o tempo. O goleiro também pode ter tocado na bola fazer uma defesa e não acusou. Acho que ficou feio, mas esse código de ética em campo se tornou um grande jogo de dissimulações - disse o convidado no "Redação SporTV".
Gabriel cai em campo no duelo contra o Bolívar
(Foto: Reprodução SporTV)
Mansur acredita que a falta sofrida por Gabriel realmente existiu, mas criticou o "teatro" protagonizado pelo jogador, que chegou a ser advertido por um adversário.
- O Gabriel faz parecer que é algo muito mais grave do que é, como muitos brasileiros fazem. O Cáceres faz menção que o jogo seja parada, e a bola é jogada para a linha lateral. Quando volta, o Flamengo vai para o jogo e o Gabriel já está correndo - disse.
Com o empate, o Fla perdeu a chance de liderar o Grupo 7 da Libertadores, ficando sem segundo lugar, com quatro pontos, atrás do Emelec, do Equador. O time carioca enfrenta o Bolívar novamente, na altitude de La Paz, na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília).
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