A rivalidade entre Palmeiras e Flamengo, já notória nos campos de futebol, transcendeu para as redes sociais, ganhando novos contornos após a recente temporada. Na última sexta-feira (12), o Palmeiras publicou um conteúdo provocativo em resposta a críticas do Flamengo sobre o gramado sintético do Allianz Parque, o que intensificou ainda mais a tensão entre as duas equipes.
Intitulado “Sintético ou Buraco?”, o post do Verdão procurou rebater o que considerou “fake news” sobre os campos artificiais, prometendo apresentar dados concretos para esclarecer o tema. O clube alviverde começou compartilhando informações sobre a incidência de lesões nas equipes da Série A desde 2020, ano em que o gramado sintético foi instalado. Segundo os dados apresentados, o Palmeiras é o clube que apresentou o menor índice de lesões, com uma média de 28 por temporada.
Além disso, o departamento de comunicação do Palmeiras trouxe à tona comparações com estudos de clubes europeus. Segundo esse material, as equipes que utilizam gramados sintéticos têm índices de “dias perdidos por lesão” e “incidência de lesões durante os treinos” abaixo da média europeia, visando desmistificar a ideia de que o piso artificial acarreta riscos à saúde dos atletas.
A rivalidade ganhou contornos ainda mais diretos quando o Palmeiras passou a criticar especificamente o Flamengo. O clube paulista resgatou declarações de dirigentes e ex-jogadores rubro-negros que anteriormente haviam questionado as condições do gramado do Maracanã. Uma das postagens terminou com a provocação: "Será que a grama do vizinho é realmente mais verde?". O material também destacou entrevistas de atletas do Flamengo, como Jorginho, Léo Pereira e Samuel Lino, que manifestaram insatisfações sobre o estado do campo carioca.
Esse embate se insere em um contexto de movimento político que visa combater o uso de campos artificiais no Brasil. O Flamengo protocolou recentemente uma proposta na CBF para a padronização e melhoria dos gramados, com um pedido explícito para a proibição de pisos sintéticos nas competições nacionais. A proposta visa diretamente estádios como o Allianz Parque, em um momento em que a tendência nacional é o aumento no número de arenas com gramados artificiais no Campeonato Brasileiro do próximo ano.
Adicionalmente, já se discute para o Brasileirão de 2026 a possibilidade de um recorde de partidas sendo disputadas em gramados sintéticos. Com a volta de clubes como Athletico-PR e Chapecoense, agora quatro times da Série A utilizarão esse tipo de campo, o que reabre o debate sobre os impactos desse tipo de piso no desempenho dos jogadores e no andamento das partidas.




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