Após uma temporada intensa e repleta de desafios, Filipe Luís, técnico do Flamengo, expressou sua decepção pela primeira final perdida ao enfrentar o Paris Saint-Germain. Em um duelo marcado por erros nas cobranças de pênaltis, onde o Flamengo viu quatro de seus jogadores falharem, o treinador reflete sobre as lições aprendidas e o caminho a ser trilhado.

Com 10 derrotas no comando da equipe, esta final tem um peso especial. Filipe, que até então havia conquistado todos os títulos possíveis em sua trajetória como técnico, agora carrega a responsabilidade de aprender com essa experiência dolorosa. "Fico triste porque não gosto de perder. Dói. É um luto, reconheço", desabafou em coletiva. Aquela sensação de estar tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe do sucesso ecoa na voz de quem admite sentir muito as derrotas.

Na partida, mesmo em momentos de tensão, como no gol anulado do PSG, Filipe manteve a calma enquanto sua equipe reagia fervorosamente. Seu estilo, geralmente tranquilo, foi substituído por mais agitação, buscando ajustar a posição de seus jogadores e estimular a defesa durante todo o jogo. As instruções se tornaram constantes, e seu modo de interagir com a equipe revelava um equilíbrio entre concentração e motivação.

Filipe, que já apresentou um estilo mais confiante do que em edições passadas, reconhece a evolução desde junho, quando participou da Copa do Mundo de Clubes. Esse progresso, no entanto, não apaga a amargura da derrota. As reações após o jogo evidenciam um treinador que trabalha com intensidade e comprometimento, o que se traduz em uma relação emotiva com cada partida que comanda.

Com aplausos ressoando ao entrar na sala de entrevistas, um sinal claro de respeito e reconhecimento, o treinador mostra que, apesar da derrota, seu trabalho não passou despercebido. "Esse luto existe", disse, reiterando que, apesar da tristeza, a valorização da temporada deve prevalecer. O caminho está aberto para o aprendizado e crescimento, enquanto Filipe Luís já vislumbra o futuro, compreendendo que cada experiência, seja uma vitória ou uma derrota, contribui para a evolução de sua carreira como técnico.