Recentemente, o cenário do futebol brasileiro foi agitado pelas declarações de Alex Leitão, CEO da nova gestão do Grêmio, que fez críticas contundentes à postura do Flamengo nas discussões sobre os direitos comerciais do esporte no país. Em suas observações, Leitão sugere que o clube carioca está buscando moldar o Campeonato Brasileiro de uma maneira que remete ao modelo da Bundesliga, a liga profissional de futebol da Alemanha.

Leitão argumenta que o Flamengo parece aspirar a uma posição de domínio na liga brasileira, similar à que o Bayern de Munique goza na Bundesliga. Para ele, a ambição do clube carioca é se tornar o grande protagonista da competição, ganhando uma quantidade desproporcional de títulos, o que geraria uma concentração de poder no futebol nacional. “O presidente do Flamengo está fazendo o trabalho dele. Está olhando para o clube. No meu entendimento, o que ele quer é transformar o Brasileirão em uma Bundesliga, onde o Flamengo seja o Bayern de Munique. De cada 10 campeonatos, ele vai ganhar nove. Isso é o que ele quer, e é legítimo”, declarou Leitão em entrevista ao jornal GZH.

A comparação feita por Leitão com a Bundesliga não é acidental. Na liga alemã, clubes como o Bayern frequentemente se destacam, não apenas do ponto de vista esportivo, mas também financeiro. Essa estratégia visaria, segundo o CEO do Grêmio, estabelecer no campeonato brasileiro um cenário onde apenas algumas equipes tenham controle absoluto, o que ameaçaria a competitividade entre os clubes, prejudicando um equilíbrio mais saudável e justo nas disputas.

Esses comentários refletem uma preocupação crescente entre os clubes brasileiros em relação à centralização de poder no futebol, e como isso pode impactar o futuro competitivo do esporte no Brasil.