Foto: Terra

Um dos jogadores mais experientes do time do Flamengo, André Santos, 31 anos, ficou de fora da partida contra o Bolívar, na última semana, no Estádio do Maracanã, que terminou empatada por 2 a 2. Recuperado da lesão na coxa, o lateral esquerdo volta a campo nesta quarta-feira contra o mesmo adversário, em La Paz, pela Copa Libertadores.

"Senti bastante ter ficado de fora do jogo contra o Bolívar. Quando você não está em campo fica tudo mais complicado, e você só pode ajudar torcendo. Como torcedor você sofre em todos os momentos. Para mim foi difícil, mas temos que respeitar o nosso corpo e o momento. Infelizmente não tivemos êxito. Mas não tem nada perdido, ainda temos grandes chances. Libertadores é difícil sempre e precisamos trazer esses pontos de fora", disse André Santos, em entrevista exclusiva ao Terra.

Assim como o capitão Léo Moura, André Santos é um dos jogadores referência para os mais jovens do grupo, como o zagueiro Samir. Com passagens pela Seleção Brasileira, o lateral procura passar sua experiência e aprendizado dentro de campo, para que os "meninos" do técnico Jayme de Almeida tenham confiança durante os confrontos.

"Nós que já disputamos outras competições internacionais tentamos passar um pouco de experiência e sempre falar algumas palavras, para que eles possam se apegar e fazer aquilo de melhor que eles têm. Tentamos sempre sugar o melhor deles, principalmente a disposição. O Samir, por exemplo, tem qualidades incríveis, e é muito jovem. Procuramos sempre mantê-los 100% concentrados, porque um vacilo pode colocar tudo por água abaixo. São jogadores jovens, mas extremamente qualificados e com grande compromisso com o clube", argumentou o jogador.

A altitude de 3,6 mil metros é um fator negativo, segundo o atleta, mas nada que abale o grupo rubro-negro que foca apenas na vitória. Com quatro pontos o Flamengo ocupa a segunda colocação do grupo 7, atrás do Emelec (EQU), que tem seis. León (MEX) está empatado com o time rubro-negro, mas atrás devido ao saldo de gols. Já o Bolívar ocupa o último lugar do grupo, com apenas dois.

"A altitude é um ponto negativo para as equipes que geralmente não treinam e nem trabalham nessas condições. O Bolívar e os clubes desses locais estão mais acostumados com essa questão. Até porque são 3,6 mil metros do nível do mar, o que é bem desgastante. Eu já tive a oportunidade de jogar lá, com a Seleção Brasileira, e sei o quanto é ruim para um atleta. Mas quando uma equipe quer vencer e ser campeão tem que mostrar superação em todos os momentos", falou o lateral, que completou: "Esse é o caso do nosso grupo".

Se no jogo de ida contra o Bolívar, na última semana, o time não pôde contar com os dois laterais, hoje não poderá contar com Elano e Cáceres, que se lesionaram na partida contra o time boliviano no Maracanã, e nem viajaram com a delegação.

"O mais importante é ter um grupo. E aqui no Flamengo esse ano temos um grupo com grandes jogadores. Sabemos que tivemos baixas com as lesões do Elano e do Cáceres, que são jogadores de grandes qualidades. Mas o Jayme procura trabalhar todos os atletas. E confia em cada um deles. Então não tenho dúvidas de quem entrar vai dar conta do recado. Estará ali para defender e jogar pela instituição Flamengo. Cada jogador que entrar vai dar e fazer o seu melhor no banco ou em campo", finalizou o atleta.

O Flamengo deve entrar em campo com a seguinte escalação: Felipe; Wallace, Samir, Léo Moura e André Santos; Amaral (no lugar de Cáceres), Muralha, Carlos Eduardo (no lugar de Elano), Everton e Gabriel; Hernane.