21/3/2014 15:27
Olivinha reencontra Maracanãzinho, e Laprovittola quer fazer sua história
No retorno do basquete ao tradicional ginásio, pivô Rubro-Negro quer mais um título dentro de casa, e Laprovittola sonha em repetir festa do Maracanã na Copa do Brasil
Nesta sexta-feira, às 19h, o Maracanãzinho vai matar a saudade do "chuá". A quadra está montada, o aro no lugar de sempre. O palco receberá o Final Four da Liga das Américas, com a presença de Flamengo, Pinheiros, Aguada-URU e Halcones Xalapa-MEX. Depois de cinco anos, o ginásio voltará a ter jogos de basquete, o que não acontecia desde março de 2009, quando a primeira edição do Jogo das Estrelas do NBB foi sediada no ginásio. No seu reencontro com o esporte, a tradicional casa do basquete, que já foi palco do Mundial de 1963, solo sagrado onde Oscar Schmidt quebrou o recorde mundial de pontos e cenário de inesquecíveis duelos, reescreverá histórias e começará outras, como nos casos do jogadores do Flamengo Olivinha e Nicolas Laprovittola, cada um à sua maneira.
Com o basquete no DNA da família, Olivinha é velho conhecido do Maracanã. Quando menino, ia ao ginásio acompanhar os jogos do irmão Olívia, pivô com história no basquete brasileiro e na seleção. Mais tarde, em 2001, esteve presente no dia em que Oscar, pelo Flamengo, bateu o recorde de pontos que pertencia a Kareem Abdul-Jabbar, que deixou a NBA em 1989 com 46.725 pontos. Oscar fez naquele dia contra o Fluminense 46.727 pontos em 1.521 partidas disputadas (naquele momento). No banco de reservas, no início da carreira, foi expulso, assim como outros jogadores dos dois lados, numa grande confusão no ginásio.
- Já vim ver muito meu irmão aqui, ele já ganhou campeonatos com o Flamengo neste ginásio. Agora, é a minha chance. Vai ser muito especial vencer aqui, com minha família e amigos presentes e na cidade onde nasci. Conheço o Maracanãzinho há tempos e sei da história de jogar aqui. Já abrigou grandes finais. Gostaria de ver o Maracanãzinho lotado e vai estar. Se possível, ganharmos com uma diferença de pontos boa para meus pais não buzinarem no meu ouvido em casa dizendo que vão ter ataque cardíaco. Lembro da nossa comemoração no ano passado depois da conquista do NBB e quero fazer isto de novo. (a comemoração foi numa churrascaria na Barra da Tijuca) - garante Olivinha.
Se o pivô é íntimo do ginásio, inclusive tendo jogado um Super Four com a seleção brasileiro em 2009, quando foi campeão com o Brasil no Maracanãzinho diante de Uruguai e Argentina entre os rivais, na preparação para a Copa América, o argentino Nicolas Laprovittola fará seu debute no local. Destaque do time na temporada, Nico quer escrever sua história no ginásio. E desde que acordou na última quinta-feira, quando o Flamengo fez seu primeiro treino no Maracanãzinho, não sai da sua cabeça o título do Rubro-Negro na Copa do Brasil do ano passado, ao lado, no Maracanã, com casa cheia. Ele quer repetir a cena, mas nas quadras.
- Estou ansioso por jogar no Maracanãzinho com o Flamengo. Estou esperando a torcida flamenguista nos apoiando. É algo único em todo o planeta. Quando vinha para o treino, me recordei da final do Flamengo na Copa do Brasil do ano passado, vencendo, com muita gente, e com a torcida enlouquecida. E quando entrei no ginásio, achei lindo, com uma energia diferente. Quero desfrutar esse torneio e fazer minha história aqui. Quero muito ganhar a Liga das Américas e ser campeão no Rio de Janeiro, uma cidade que me encantou muito e com uma torcida sem igual - se recorda Laprovittola.
Mesmo com tanta experiência no ginásio, o pivô Olivinha não esconde a ansiedade pelo jogo contra o Aguada, às 21h15m desta sexta-feira. Entre os jogadores, ele é um dos mais motivados e diz que tem sido difícil até pegar no sono. Estudando o Aguada-URU, o pivô acredita que os uruguaios vão querer baixar a margem de pontuação da partida e apelar bastante para o jogo físico, tentando parar a ofensividade Rubro-Negra.
- Está difícil de dormir esta semana. Sou muito ansioso, ainda mais em partida decisiva. Fico pensando no jogo, imaginando como vai ser, no que tenho que fazer. O próprio Neto (técnico do Flamengo) fala para nós pensarmos em como vai ser. E eu penso, penso muito. Sei que meu jogo é ajudar nos rebotes. A comissão técnica está sempre passando alguns vídeos de alguns jogadores deles, e eu estudo bastante. Na minha posição tem o Smith, que é muito atlético e o terceiro reboteiro do campeonato, se não me engano. Vai ser uma briga boa - frisa Olivinha.
Argentino, Nico chega ao seu segundo Final Four, e desta vez não quer deixar o título escapar. Além de ajudar o Flamengo em busca de uma conquista inédita, ele pode ajudar a empatar uma marca histórica. Seus conterrâneos venceram a competição em três oportunidades, duas com o Peñarol de Mar del Plata e uma com o Regatas Corrientes. E o Brasil venceu duas, com o Pinheiros no ano passado e antes, na temporada 2008/9, com o Brasília. Se o Flamengo levar, a conta está empatada e Nico terá "jogado contra a nação" na rivalidade com o Brasil. Nada que importe agora.
- Quando estou com minha seleção tento ajudar da melhor maneira possível. Luto pelo meu país. Mas desta vez não tem muito a ver.
Jogo pelo Flamengo, defendo o clube e vou lutar para levar o Flamengo ao título. Não teremos vida fácil, o Aguada é um time de qualidade, tem suas forças, mas vamos em busca e queremos uma final brasileira com o Pinheiros, quem sabe - brinca Laprovittola.
DATAS E HORÁRIOS - FINAL FOUR
Sexta-feira
19h - Pinheiros x Halcones Xalapa-MEX
21h15m - Flamengo x Aguada-URU
Sábado
19h - Disputa de 3º lugar
21h15m - Final
1073 visitas - Fonte: Globoesporte
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