Hernane quer finalmente ter boa atuação em 2014
Foto:Marcio Mercante/agencia O dia

Artilheiro do país, do Carioca e da Copa do Brasil em 2013, Hernane está devendo neste início de temporada e começa a ver sua titularidade ameaçada. Os números não são ruins. O problema é que seu reserva, Alecsandro, está aproveitando melhor as oportunidades e tem aumentado a pressão sobre o Brocador, que será mantido no time pelo técnico Jayme de Almeida.

Com seis gols em 2014, Hernane está a frente de grandes atacantes, como Fred, que tem quatro. O problema é que ele só marcou em três dos 11 jogos (quatro em cima do Macaé), mesmo tendo atuado 969 minutos. Em compensação, Alecsandro é o artilheiro do Flamengo na temporada, com nove gols em 13 partidas, sendo que jogou menos: 811 minutos.

“Quando você trabalha, os números aparecem. Primeiro de tudo, estou feliz com o meu momento e a opção é total do treinador. Tenho que respeitá-lo, assim como o Hernane, que tem toda a nossa confiança. Ele não fez 36 gols em 2013 à toa. Não está em fase ruim”, afirmou Alecsandro, que briga pela artilharia do Carioca.

Apesar de estar melhor no momento, Alecsandro prega o respeito para não cobrar uma vaga como titular. Mesmo querendo estar presente no mata-mata do Carioca, seu tipo de jogo preferido, o atacante prefere esperar pacientemente pela oportunidade, sem reclamar ou criar mal-estar no grupo.

“Paciência é uma palavra interessante e que caminha comigo como um objetivo de vida. Quando você não tem, corre o risco de errar. Acredito no meu potencial e o que me fortalece é a paciência. Venho procurando espaço e conquistando de forma leal, amigável. Acredito no meu potencial”, disse Alecsandro, fazendo questão de mostrar que, apesar do discurso de respeito pelo companheiro, quer ser titular do Flamengo.

“Não reclamar, não quer dizer que estou confortado no banco. Lógico que a vontade de jogar é válida e tem que ser diária. Quem se acomoda com a reserva não serve.

Cabofriense: experiência para chegar à final

Antes de um campeonato começar, os times pequenos tem a dúvida entre apostar nas categorias de base ou na contratação de jogadores experientes. Neste ano, a Cabofriense colocou as suas fichas em nomes com passagens por times grandes e, algumas vezes, bem acima dos 30 anos, e deu resultado.

O time já igualou sua melhor campanha na curta história do clube, fundado em 1997: o quarto lugar conquistado em 2006, quando foi semifinalista das taças Guanabara e Rio.
Para esta temporada, chegaram Gladstone, de 29 anos, mas com a experiência de já ter sido convocado para a Seleção, além de passagens por Juventus (Itália), Cruzeiro, Sporting (Portugal) e Palmeiras. Ainda para a zaga vieram Luizão, de 27 anos, ex-jogador de Vasco e Cruzeiro, e Arthur Sanches, ex-Flamengo, que, em consequência de uma lesão no joelho, não atua mais no Estadual.

Porém, ninguém conhece melhor o time do que o meia Têti. Aos 35 anos, foi revelado pela Cabofriense e já jogou por Botafogo, Vasco e até em Portugal, antes de voltar ao clube da Região dos Lagos. Uma arma extra para encarar o Flamengo amanhã, no Maracanã, pelas semifinais.