26/3/2014 09:48
Punição ao Real Garcilaso 'deixou a desejar', afirma Julio Baptista
Meia critica pena dada pela Conmebol ao time peruano, que foi multado em U$S 12 mil por conta dos atos racistas direcionados ao cruzeirense Tinga
Volante Tinga ganhou apoio da Presidente da República, Dilma Roussef (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
A Conmebol anunciou na última segunda-feira a punição ao Real Garcilaso pelos atos de racismo protagonizados pela torcida do time peruano contra o volante Tinga no jogo vencido pelos peruanos e que aconteceu dia 12 de fevereiro, em Huncayo, no Peru. Toda vez que o jogador cruzeirense tocava na bola, a torcida do time mandante imitava sons de macaco. Por conta deste comportamento, a entidade que rege o futebol sul-americano aplicou uma pena de U$S 12 mil ao Garcilaso. Caso haja reincidência, o estádio do clube será interditado. Para Julio Bapstista, a punição não foi adequada.
- Deixou a desejar. Tem que ser duro, interditar o campo, sei lá por seis meses, para que isso não voltasse a acontecer. O racismo não foi o único problema. O campo não tem condições de jogo. Se interditasse por seis meses ainda ficaria barato – resumiu o jogador.
Na semana passada, o secretário-geral da Conmebol, José Luis Meiszner, já havia causado polêmica. Em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, ao falar que “um moreno peruano imitando macaco para um brasileiro um pouco mais escuro do que ele não é discriminação racial. É sim uma provocação mal-educada. Não devemos reagir como os europeus. Somos filhos de uma mistura de brancos, índios e africanos. Nós, os sul-americanos, não somos racistas. Somos sim o povo mais mal-educado do mundo. Nos falta até mesmo cultural para, filosoficamente falando, provocarmos discriminação racial”.
Julio Bapstista não concorda e diz que todos os jogadores do Cruzeiro sentiram os insultos direcionados a Tinga.
- Eu tive, digamos assim, a felicidade de nunca ter sofrido isso. Mas quando acontece com um companheiro muito próximo, é lógico que você se sente ofendido igual. É uma coisa de cultura, que excede o esporte. Ninguém tem o direito de falar nada por causa da cor ou do status de outra pessoa. Nós, jogadores, só queremos levar a alegria do futebol para as pessoas que assistem.
Julio diz ainda que se o volante tivesse resolvido abandonar a partida em repúdios aos gritos racistas, teria sido acompanhado por todo o elenco celeste.
- Isso é uma decisão da pessoa, no caso, do Tinga. Se ele parasse, e falasse, ‘gente, eu vou sair de campo’, acho que todo o grupo o abraçaria e sairia de campo, como já aconteceu em várias partidas fora do Brasil. Mas a gente está ali no campo, jogando, e às vezes acaba esquecendo esse detalhe. Mas é um detalhe importante. Se a gente tivesse parado no momento em que esses atos aconteceram, teria evidenciado muito mais o que aconteceu na partida – finalizou.
1119 visitas - Fonte: Globoesporte
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