Os jogadores podem até não esquecer o discurso pé no chão, mas a vaga do Flamengo para a final do Campeonato Carioca está bastante encaminhada. No primeiro jogo da semifinal do estadual, os comandados de Jayme de Almeida aplicaram um imponente 3 a 0 em cima da Cabofriense, e podem até perder por dois gols de diferença no segundo jogo, no sábado, para garantir seu lugar na decisão, contra Fluminense ou Vasco.
Como componentes da boa vitória, aparecem, em destaque, os dois principais atacantes do elenco. Hernane, xodó em 2013, teve vaias ensaiadas por parte da torcida, mesmo depois de participar de dois gols. Após errar alguns lances, porém, ganhou apoio de parte das arquibancadas ao ser substituído por Alecsandro, que precisou de apenas um toque na bola para ampliar o placar.
No pacotão flamenguista ainda aparecem uma ótima defesa de Felipe, que garantiu o 1 a 0 no primeiro tempo, o susto de Samir, que caiu de mau jeito e sentiu dores no braço, e a trave inimiga, que impediu um placar ainda maior em lances de Luiz Antonio e Alecsandro.
ENTRE VAIAS E APLAUSOS
Hernane cabeceou na trave a bola que Everton pegou no rebote e abriu o placar. Deu belo passe para deixar Paulinho em ótima posição para ampliar. Mas passou em branco no Maracanã e viveu momentos distintos em relação à torcida presente. Em duas jogadas no segundo tempo, desperdiçou chances e causou reação adversa aos 19 e aos 24 minutos. Substituído aos 28, no entanto, ganhou apoio de parte dos torcedores. Alguns presentes ficaram ao lado do Brocador e foram apoiados por Alecsandro, seu substituto. Outros permaneceram com algumas vaias.
UM TOQUE SÓ
Menos de 23 segundos. Foi o tempo que Alecsandro precisou em campo para marcar e chegar à artilharia do estadual ao lado do vascaíno Edmilson, com dez gols. A brecha para o camisa 19 entrar no lugar de Hernane foi um escanteio favorável aos rubro-negros, e foi nessa mesma oportunidade de bola parada que o atacante aproveitou para subir mais alto que a zaga rival e colocar no canto do goleiro Luis Cetin. Só alegria, e muita comemoração com a torcida.
DEFESA INCRÍVEL DE FELIPE
O camisa 1 rubro-negro foi responsável direto por levar o placar favorável ao Flamengo para o vestiário. Aos 39 minutos da primeira etapa, Keninha, da Cabofriense, fez jogada pela direita e jogou a bola para a área rival. Éberson dominou mal, mas a bola sobrou limpa para Jardel finalizar cara a cara com Felipe. O goleiro, porém, apareceu muito bem para fazer uma defesa espetacular e garantir o 1 a 0 nos 45 minutos iniciais.
SUSTO DE SAMIR
O Flamengo já não contava com Cáceres, Elano, Léo Moura e André Santos, todos machucados, para o duelo contra a Cabofriense. E, após jogada de ataque dos rivais, uma possível quinta baixa na equipe titular assustou os rubro-negros. O lance já havia sido paralisado pela arbitragem aos 16 minutos da segunda etapa, mas Samir, tentando afastar o perigo aéreo de qualquer forma, caiu de mau jeito e teve que receber atendimento médico no gramado. Dores no braço esquerdo, mas nada, para alívio de Jayme de Almeida, que tirasse o zagueiro de combate.
BOLAS NA TRAVE
O placar poderia ser ainda mais elástico na noite de quarta-feira, mas a trave atrapalhou o Flamengo em dois momentos da partida. No primeiro tempo, aos 41 minutos, Luiz Antonio cobrou falta lateral direto para o gol, e parou no travessão, após ainda contar com leve desvio do goleiro rival. Na etapa final, aos 30, foi a vez de Alecsandro, em sua segunda participação na partida, ficar no quase. Ele recebeu de Everton, dominou bem e arriscou de pé direito, mas parou no poste esquerdo de Luis Cetin.
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