De acordo com o jornalista Sergio du Bocage, da Rádio Globo, a Adidas estaria estudando a possibilidade de trazer o atacante italiano Mario Balotelli para o Flamengo por um período de seis meses após a Copa do Mundo de 2014. Uma empresa do ramo alimentício também estaria envolvida no projeto que teria como objetivo internacionalizar a marca do time da Gávea.

O presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, contudo, disse que desconhece qualquer tipo de informação sobre a negociação:

"Se houvesse alguma coisa partindo do Flamengo eu diria para vocês (imprensa), mas a diretoria não está tratando em absoluto de nada parecido. Acho difícil que isso esteja sendo tratado sem que a informação chegue ao Flamengo", declarou em entrevista à Rádio Globo.

A chegada de Balo iria de encontro à política de austeridade adotada pela atual diretoria rubro-negra que tenta enxugar a folha salarial da equipe e vem investindo em jogadores de baixo custo. Além disso, o perfil do jogador, problemático fora das quatro linhas, também contraria a linha adotada pelo Flamengo. Recentemente, o vice-presidente Wallim Vasconcellos declarou que Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, não se enquadraria na filosofia do clube:

"Jamais pagaria R$ 40 milhões hoje por um atleta. Temos que dar um passo de cada vez. Nossa prioridade é pagar quem está aqui. Não adianta trazer alguém de R$ 40 milhões e não conseguir pagar os outros. Se sobrar dinheiro, vamos ver o perfil. Também não quero um ex-jogador, de ir para a noite. Para vir, é para jogar bola. Usando a palavra da moda, tem que estar comprometido. Não me interessa vender camisa, não traz título. Não precisa ter, necessariamente, um superstar para ser campeão. O Corinthians foi campeão sem ter um superstar. Se for famoso, vender camisa, trazer título e conseguir pagar por ele, tudo bem. Mas não há espaço para jogadores com o perfil do Ronaldinho Gaúcho. Ele joga muito, mas tem outros interesses. Aqui tem que se comportar. Não quer dizer que não possa tomar um chope, ir a uma festa. Mas, se tem treino de manhã, não pode ficar na festa até as 4h, beber até cair no chão. Foi a filosofia que adotamos. Não somos nós que temos que nos adaptar às pessoas, elas têm de se adaptar à filosofia. Todo mundo é tratado igual aqui", disse o dirigente ao jornal O Globo no dia onze deste mês.

Balotelli é patrocinado pela principal concorrente da Adidas, a Puma, o que também tornaria a transação ainda mais improvável. Em fevereiro deste ano, esta empresa anunciou contrato de patrocínio milionário com o Arsenal, da Inglaterra, e a imprensa italiana chegou a noticiar a possibilidade de a Puma financiar a transferência do atacante para os Gunners.

Especulações a parte, Mario segue como jogador do Milan, da Itália, e é um dos principais nomes da seleção italiana que, em junho, brigará pelo pentacampeonato mundial no Brasil.