Valeu a advertência do ‘professor' Jayme de Almeida: não se ganha jogo apenas com a força de uma camisa. O Urubu sofreu barbaridades para eliminar a Cabofriense (3 a 1) e garantir a classificação às finais do Carioquinha.

O triunfo começou depois de muita luta e desespero no ‘new Maraca' (5.977 pagantes/9.327 presentes). Mais precisamente, aos oito minutos de jogo.

O hermano Mugni pegou a bola no meio de campo, correu em direção a área e chutou. A bola bateu em Jardel e enganou o goleiro Luis Cetin.

Dez minutos depois, pimba na caxirola: de cabeça, Mugni fez o segundo e deixou a Cabofriense numa excepcional situação.

A equipe precisaria apenas marcar cinco gols para levar o tico-tico sem fubá à marca da cal. Bobeou e tomou mais: João Paulo, aos 19 do segundo tempo. Onze minutos depois, aleluia: Éberson encaçapou o Rubro-negro.

Preocupadíssimo com uma possível reação do nocauteado adversário desde o primeiro duelo do mata-mata (3 a 0), o Urubu tratou de contar apenas o tempo que faltava para o final do treino de luxo para a Libertadores.

Placar agregado do sofrimento rubro-negro nas semifinais: 6 a 1. Na decisão do Carioquinha, o Flamengo vai encarar o vencedor de Fluminense x Vasco. Há 48 anos o título do campeonato fica com um dos quatro grandes.

Por falar na Cidade Maravilhosa das balas uivantes... Superinteressante: o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, confessou entender a bronca dos jogadores contra os salários atrasados (cruzaram os braço durante 10 minutos), mas nada pode fazer porque o cofre do clube está mais vazio que bolso de mendigo.

Ao mesmo tempo, o cartola confirmou o interesse pelo corintiano Emerson 'Bitoca', topando pagar metade dos R$ 500 mil que o atacante recebe - os outros R$ 250 mil seriam bancados pelo time paulista.

Com um panorama tão animador pelos lados botafoguenses, Sheik prefere aguardar outra proposta porque jacaré não sobe em escada rolante.