Com uma bela atuação, o meio-campista Lucas Mugni balançou a rede duas vezes na vitória por 3 a 1 do Flamengo sobre a Cabofriense na noite deste sábado, resultado que classificou os rubro-negros para a final do campeonato Carioca. Muitas vezes vaiado pela torcida, o argentino saiu aplaudido no segundo tempo quando foi substituído por Márcio Araújo. Para que não sofressem nenhum tipo de problema, o técnico Jayme de Almeida preferiu lançar ele e Paulinho nesta partida e assim poupá-los para o duelo decisivo de quarta-feira, contra o Emelec, em Guayaquil, pela Copa Libertadores.

Contratado no início da temporada e tentando se adaptar ao estilo do futebol brasileiro, o jogador vinha sendo contestado por parte da torcida e da imprensa. O treinador flamenguista, contudo, sempre argumentou que o jogador estava buscando a melhor forma de atuar e se adaptando aos novos companheiros de clube.

“É um cara do meio-campo para frente, que chega ao ataque e finaliza. Está começando a desenvolver o que tínhamos pedido. Conhecendo melhor os companheiros e o clube, tem dado uma resposta positiva. No segundo ou terceiro jogo, já falaram que ele era uma droga. Falam sem deixar as coisas acontecerem. É preciso ter paciência e ele está jogando bem”, afirmou o comandante.

A camisa do Flamengo é a segunda que o jovem de 22 anos veste em sua carreira, que começou no Cólon, da Argentina, onde estreou em 2010. Para o treinador, foi preciso dar tempo ao tempo para que o atleta se acostumasse com o estilo do futebol brasileiro.

“O Mugni é um garoto que veio sozinho para cá, com 22 anos. É tudo diferente, outro tipo de futebol, outro clube, por isso é preciso uma adaptação. Não é desculpa. Ele está começando a entender melhor o futebol brasileiro, o Flamengo, e se adaptar aos companheiros. Ele se dedica muito nos treinamentos, procura sempre estar na melhor forma possível e acho que agora com mais entrosamento até no país, está se soltando. Essas atuações e esses gols com certeza vão dando mais moral para que ele fique mais à vontade para jogar o seu futebol”, ressaltou o treinador.

Desde sua primeira partida vestindo a camisa rubro-negra, no dia 05 de fevereiro, o meia argentino já atuou em 11 jogos, sendo oito pelo Carioca, e três pela Libertadores, balançando as redes adversárias três vezes, na competição estadual.

Já no torneio sul-americana só ficou de fora contra o Bolívar, no Maracanã, quando não ficou nem no banco de reservas. Já na altitude de La Paz, o meia entrou no lugar de Carlos Eduardo e quase marcou um golaço. Contra o Léon, no México, e o Emelec, no Rio de Janeiro, o meia foi relacionado para iniciar as partidas