Depois da eleição presidencial vencida por Eduardo Bandeira de Mello no dia 3, nesta quinta-feira outro pleito de grande relevância para a gestão rubro-negra será disputada na Gávea. Os conselheiros votarão, das 8h às 21h, para escolher o novo presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo, poder responsável pelas decisões mais importantes da administração do clube, como aprovação de contratos e das contas da diretoria. Os candidatos estimam entre 400 e 500 o número de conselheiros que devem comparecer para votar (o número total gira em torno de 1.500 conselheiros).

São três candidatos. Bandeira de Mello e a Chapa Azul dão suporte à candidatura de Delair Dumbrosk. Os adversários serão o ex-presidente do clube Gilberto Cardoso Filho e Lysias Itapicurú, que chegou a se lançar candidato à presidência do clube, mas desistiu e se uniu a Jorge Rodrigues. Aliado de Delair, Marcos Braz era candidato até a véspera do pleito, mas desistiu para apoiar o nome da situação. O atual presidente, Sylvio Capanema, desistiu de tentar a reeleição.

Todos os candidatos discursam pela modernização do estatuto e falam em dar sustentação à nova administração. A eleição presidencial em dezembro também escolheu o novo corpo transitório do Deliberativo, com 150 membros, sendo 120 da chapa vencedora da eleição, de Bandeira de Mello, e 30 da segunda colocada, Patrícia Amorim.

Dumbrosk afirmou que o Flamengo precisa da reforma estatutátia e que pretende fazê-la já em 2013:

- A minha meta principal é buscar uma harmonia política dentro do Conselho e ver se nesse primeiro ano já se aprova uma reforma estatutária, dentro de uma modernidade jurídica, com direitos e responsabilidades bem claras. É o que o Flamengo precisa. Espero que consiga trabalhar bem as correntes políticas e fazer essa reforma - disse.

Lysias Itapicurú também falou em renovar as comissões permanentes do Conselho e, apesar de ter sido oposição na eleição para presidência do clube, afirmou que prezará pela "governança corporativa".

- A minha prioridade é a modernização estatutária, a renovação nas comissões permanentes e a governança corporativa, respeitando o estatuto e dando a máxima transparência possível às decisões.

Gilberto Cardoso Filho, por sua vez, lembrou que já foi presidente do poder por duas vezes, uma delas na fase mais complicada da política do clube, o impeachment do então presidente Edmundo dos Santos Silva.

- O meu plano é: primeiro dar sustentabilidade à administração que ganhou a presidência, segundo é ouvir todas as correntes, terceiro fazer mudanças no estatuto, que precisa ser atualizado com urgência, e quarto dar voz à maioria e não deixar que a minoria tumultue. As duas vezes que fui presidente do Conselho Deliberativo foi assim e deu certo, especialmente na época do impeachment do Edmundo dos Santos Silva. Conduzi aquilo tudo sem ter qualquer liminar contrária. Cumpri o estatuto e correu tudo dentro da lei. Quem perdeu não teve como recorrer das decisões. Por isso, tenho eleitores nas três chapas que disputaram a eleição para presidência do clube.