Dante De Rose acompanhou José Neto na Liga das Américas e ficou orgulhoso com título
Foto: arquivo pessoal
São Paulo - Com a vida dedicada ao basquete, Dante De Rose se orgulha dos passos de um técnico que conhece muito bem. Foi ele quem proporcionou o pontapé inicial na carreira de José Neto, comandante do Flamengo. Dante foi professor de Neto no curso de Educação Física da USP e abriu as portas das categorias de base do Paulistano para o aluno. Ao todo, o pupilo trabalhou por 16 anos no clube paulista e atualmente coleciona títulos com o Rubro-Negro.
"Por tudo que ele fazia nas aulas, por ser uma pessoa do basquete, Neto virou monitor. Depois, o pessoal do Paulistano me ligou e pediu indicação. Eu designei o Neto e deu no que deu. O resto da história todo mundo conhece. Fico feliz de ver o que está acontecendo. Ele merece. É um cara sério, trabalhador, muito comprometido. Ele soube aproveitar as oportunidades muito bem. Está na crista da onda. Fico muito feliz por isso. Colaborei um pouquinho para isso acontecer", afirma Dante.
Neto não desperdiçou a oportunidade que começou com a indicação de Dante. Após dirigir o Paulistano e o Joinville, ele foi para o Flamengo mostrar seu potencial e se transformou num papa-títulos, com destaque para a conquista do NBB 5 e a inédita Liga das Américas. O técnico agradece ao mestre.
"Impossível não ser grato a uma pessoa como essa, que me deu a primeira oportunidade. Eu acredito muito nisso, que devemos ser gratos a quem significa um motor inicial, que nos tira da inércia. Então sou eternamente grato a ele por tudo que me deu de oportunidade e por tudo que me ensinou. Eu dei aula em faculdade por 12 anos e me espelhava bastante nele, na maneira dele de dar aula. É um cara que me ajudou bastante na minha iniciação", afirma o comandante do Flamengo.
Os dois mantêm contato até hoje (Dante é padrinho do casamento de José Neto). A relação de amizade permite até "broncas" do professor no técnico do Flamengo.
"Às vezes dou uns puxões de orelha. Digo que está muito exaltado. Eu tenho liberdade com ele, não deixo de dar meus palpites, de falar para "maneirar", que está exagerando nas reclamações, sempre com muito respeito", conta e se diverte Dante.
Vida dedicada ao basquete
Aos 60 anos, Dante continua ligado ao basquete. Aposentado depois de trabalhar 35 anos na USP, ele tem projetos da modalidade em escolas, auxilia a Liga na organização de eventos da LDB (Liga de Desenvolvimento de Base) e mantém um blog. Dante elogia o potencial do Nacional Sub-22.
"É o melhor projeto que surgiu no basquete nos últimos anos. É o futuro do nosso basquete."
Na Turquia, palco do Mundial de 2010, Dante exibe seu outro amor: o Corinthians
Foto: arquivo pessoal
A trajetória de Dante no basquete começou quando tinha 10 anos e treinava em São Caetano, onde mora até hoje. Ele jogou até os 19 anos. Depois, foi técnico por 15 anos de categorias de base e seguiu a vida acadêmica, sempre ligado à modalidade. Além de acompanhar os passos do pupilo Neto, ele observa o futuro da modalidade:
"O resultado da LDB está aparecendo, com uma garotada despontado. Humberto, Lucas Dias e Caboclo no Pinheiros. O Minas, com Coelho, Siqueira, tem um trabalho bem bacana. Gui Deodato e Fischer no Bauru. O Flamengo tem Gegê, Chupeta. Vitinho e Gustavo no São José... são meninos de muito valor", projeta.
À esquerda, no alto, Dante à época em que era técnico em categoria de base
Foto: Arquivo Pessoal
Comentários do Facebook -