Historicamente, a torcida do Goytacaz sempre foi muito participativa. Nesta Série B do Carioca, claro, não tem sido diferente. Na partida do final de semana, contra o São João da Barra, um jogo importantíssimo para as pretensões do clube na Série B, todos os 3.700 ingressos foram vendidos, a maioria antecipadamente. Quatro mil pessoas compareceram ao Aryzão. Fizeram barulho e empurraram a equipe que tenta voltar à Série A do Carioca após mais de duas décadas longe. O resultado não foi o que a torcida esperava, é verdade - o jogo terminou em 1 a 1. No entanto, no quesito presença de público, o Time da Rua do Gás é uma potência... de elite do Carioca.

Até o momento, somando os públicos presentes dos dois turnos da Série B (Taça Corcovado e Taça Santos Dumont), o Goytacaz tem média de 2.079 presente. A média de pagantes fica em 1.839. Números que superam todos os clubes de menor expressão que disputaram a elite do Carioca este ano. O melhor entre os pequenos neste quesito foi o Macaé, que perde por uma vantagem considerável para o Goyta. O Leão registrou média de 1353 de público pagante e 1778 de público presente. Vale lembrar ainda que as médias do Macaé estão turbinadas com os dois jogos contra grandes em casa: Fluminense e Vasco. Estes dois jogos responderam por quase 80% do público total que o Macaé registrou no estadual em casa.


"Foi a coisa mais linda que já vi", disse o atacante Vinícius Paquetá (Foto: Carlos Grevi / Agência Ururau)

Se comparado com os grandes, a média de público do Goyta se assemelha mais com a do Botafogo. Não muito distante, inclusive. O alvinegro registrou uma média de público pagante de 2.306 contra 1.839 do Time da Rua do Gás. Força que seduz até mesmo quem teria direito aos camarotes e setores mais luxuosos do estádio. No clássico contra o Americano, na última semana, o presidente do clube, Robson Barreto, assistiu ao jogo nas arquibancadas e bradou: "Aqui é povo".

O atacante Vinícius Paquetá está no Goytacaz desde a Série B do ano passado. Considerado xodó da torcida, ganhou até música. Deslumbrado com a festa na Rua do Gás, o centroavante classificou a presença maciça contra o São João da Barra como "a coisa mais linda".

- Eu estou aqui há um ano. Até hoje não tive noção da grandeza e da força da torcida. A cada jogo ela nos surpreende. Contra o São João da Barra foi a coisa mais linda que eu já vi. A torcida nos ajuda numa bola dividida, no fim quando a gente não tem perna para correr. Peço que eles continuem nos apoiando. Essa torcida é diferenciada, nos ajuda a dar aquele algo a mais que o jogador tem que dar. Ela tem feito um papel sensacional. É o décimo segundo jogador, sem dúvida - disse o atacante Vinícius Paquetá.

Menor público do Goyta supera o maior registrado entre pequenos na elite

Os números do Goytacaz em uma Série B do Carioca realmente impressionam. Quando comparado aos jogos só entre pequenos na elite do estadual, a conta fica ainda mais aguda. O maior público registrado entre os times de menor expressão na Série A foi na segunda rodada da Taça Guanabara, no jogo entre Nova Iguaçu x Cabofriense, na Baixada Fluminense, com mil presentes. Este recorde da elite, entretanto, não se compara nem ao menor público do Goytacaz nesta Série B, que foi no jogo contra o Tigres, na sexta rodada da Taça Santos Dumont, quando 1.489 pessoas compareceram ao Aryzão.