As muitas surpresas das convocações do Brasil para as Copas

6/5/2014 14:53

As muitas surpresas das convocações do Brasil para as Copas

As muitas surpresas das convocações do Brasil para as Copas
A seleção brasileira vive um dia importante nesta quarta-feira na caminhada rumo à Copa do Mundo, com o anúncio dos 23 jogadores que vão representar o país no Mundial. Restam poucas vagas em aberto (o terceiro goleiro, um zagueiro, um lateral, um nome para o meio-campo, um atacante). Mas o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira admitiu a possibilidade de novidades na relação. Surpresas que ocorreram em várias listas finais para outros Mundiais.

Em 50, na Copa anterior disputada no país, o treinador Flávio Costa desagradou aos torcedores do Corinthians ao deixar fora do campeonato o ponta-direita Cláudio Pinho, ídolo corintiano. E surpreendeu ao convocar para a posição Alfredo II, atleta polivalente, que costumava atuar como lateral no Vasco, clube comandado por Costa. E que estava fora da Seleção desde 1945. E que em 50 disputou só dois jogos não-oficiais, contra a Seleção do Rio Grande do Sul e a de Novos de São Paulo.

Alfredo foi titular em apenas em um jogo na Copa de 50: exatamente no único disputado em São Paulo, o empate em 2 a 2 com a Suíça. E foi um dos alvos da insatisfação de muitos torcedores paulistas no Pacaembu, que já irritados com a ausência de Cláudio, não perdoaram a má atuação da Seleção, vaiando o time ao final do jogo. Mas Alfredo mostrou sua capacidade, abrindo o marcador aos três minutos de jogo.

Em 58, a lista de Vicente Feola também teve um nome que chegou a ser considerado uma carta fora do baralho por boa parte da imprensa. Jogador do Flamengo, Zagallo vestiu a "amarelinha" pela primeira vez pouco mais de um mês antes da estreia do Brasil na Copa disputada na Suécia. O ponta-esquerda do Flamengo agradou no amistoso contra o Paraguai, em 4 de maio, no Maracanã, marcando um dos gols da vitória por 5 a 1. Atuou novamente contra o Paraguai três dias depois, no Pacaembu, e contra a Bulgária (Maracanã), garantindo o seu nome na lista. Superando Canhoteiro, destaque do São Paulo, que também entrou em campo contra o Paraguai e Bulgária, mas perdeu a concorrência para Zagallo. Que não só foi à Suécia, como foi titular em todos os jogos da Copa após Pepe se machucar no amistoso contra a Internazionale, em Milão, uma semana antes da estreia no Mundial.

Quatro anos depois, a surpresa na lista final foi o nome do ponta Jair da Costa. O jogador da Portuguesa foi chamado para a relação de 41 atletas que realizaram um período de treinamento em Campo de Jordão. E ficou na lista final, com apenas um jogo pela Seleção em seu currículo: a vitória por 3 a 1 sobre País de Gales, em 16 de maio de 62, no último amistoso antes do Mundial. Ou melhor: um tempo. Porque foi deu lugar a Garrincha no segundo tempo da partida. Apesar da pequena experiência, foi ao Chile e, mesmo sem entrar em campo, tem no currículo o título de campeão mundial. Após o Mundial, foi negociado com a Inter de Milão, o que o afastou da Seleção.


Em 70, uma das novidades de Zagallo após substituir João Saldanha três meses antes da Copa foi chamar o atacante Dario. O camisa 9 do Atlético-MG foi alvo de polêmica na gestão de Saldanha, após o presidente Emílio Médici elogiar o centroavante e defender a sua presença na Seleção. O treinador teria dado a famosa resposta que ele não escalava ministros e que o presidente não deveria escalar o time.

Dadá Maravilha foi titular no amistoso contra o Paraguai (0 a 0), em 12 de abril, e entrou durante a partida contra a Áustria (1 a 0), no dia 29. Não balançou a rede, mas garantiu a viagem para o México. Onde não atuou nem um minuto sequer na campanha do tri.

Para a Copa de 78, a grande ausência da lista do treinador Cláudio Coutinho foi Falcão, bicampeão brasileiro pelo Inter em 75 e 76. E na relação de convocados para jogar na Argentina, estava o nome de um jogador de estilo oposto ao do refinado jogador do Inter: Chicão (foto), mais conhecido pela marcação e disposição do que pela técnica. E o volante do São Paulo acabou se destacando na "Batalha de Rosário", contra a Argentina.

Telê Santana também apresentou uma surpresa na lista para a Copa de 82. Um dos destaques do Brasil no Mundial de 78, o ponta-esquerda Dirceu ficou ausente da Seleção até um mês e meio antes da abertura do Mundial, quando foi chamado por Telê para os amistosos contra Portugal e Eire. E carimbou uma vaga no grupo. E foi titular na estreia contra a União Soviética. Em mais uma decisão surpreendente, o treinador escalou Dirceu na ponta-direita, fora das características do atacante.

O resultado da experiência não foi boa. o Brasil jogou mal na etapa inicial, foi para o intervalo perdendo por 1 a 0, e Telê decidiu colocar Paulo Isidoro, bem mais acostumado a jogar na posição. Dirceu não atuou mais no Mundial.

Em 86, a surpresa não surgiu na lista, mas no dia do embarque da Seleção para o México. Leandro não se apresentou para a viagem, em solidariedade a Renato Gaúcho, que ficou fora da convocação. E Telê recorreu a Josimar (na foto, à direita), que nunca tinha jogado pela Seleção. E o lateral-direito do Botafogo foi um dos destaques do Brasil, marcando gols nas vitórias sobre a Irlanda do Norte e Polônia.

Caso semelhante ao ocorrido em 98. Durante a fase de treinos, na Granja Comary, Flávio Conceição foi cortado por lesão. O meio-campista era a opção para a reserva de Cafu, titular absoluto da lateral-direito. E Zagallo optou por um especialista na posição como substituto: Zé Carlos. A questão era que o lateral do São Paulo nunca havia disputado um jogo sequer pela Seleção. E teve que entrar em campo em um jogo decisivo: a semifinal contra a Holanda, quando Cafu estava suspenso. Zé Carlos teve atuação apagada, sofrendo com a marcação da ponta holandês Overmars.

Já na França, Zagallo teve que fazer uma nova substituição no grupo. Romário também foi dispensado por lesão. E o treinador preferiu não chamar um novo atacante, como seria o natural. E escolheu o volante Emerson, que herdou a camisa 11 do Baixinho.

Em 2002, Emerson foi novamente personagem. Mas de forma contrária. Na véspera da estreia contra a Turquia, o então capitão da equipe machucou o ombro ao atuar como goleiro em um treino recreativo. E foi cortado. Felipão decidiu chamar Ricardinho, deixando no Brasil meias com maior experiência na Seleção, como Alex, Juninho Pernambucano e Zé Roberto.

Na lista dos 23 convocados, a surpresa de Felipão foi a presença de Vampeta, que só havia sido chamado uma vez nos amistosos antes da Copa e acabou herdando a vaga que seria de Djalminha, afastado pelo treinador pela cabeçada que aplicou no treinador do La Coruña, Javier Irureta, em um treino do time espanhol.

Na última Copa do Mundo, o nome que chamou atenção na lista do treinador Dunga foi Grafite. O atacante foi chamado para o último amistoso antes da convocação final, contra a Irlanda. Atuou por 27 minutos, agradou ao treinador e conquistou de forma surpreendente uma vaga entre os 23 que foram à África do Sul.

1373 visitas - Fonte: Globoesporte


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