Elenco do Flamengo ouve atentamente as instruções do técnico José Neto antes do treino (Foto: Thierry Gozzer)
Atual campeão brasileiro e da Liga das Américas, único time a chegar às semifinais em todas as edições do NBB e dono da melhor campanha da fase de classificação da temporada 2013/2014. Tudo isso já seria mais do que suficiente para apontar o Flamengo como grande favorito nas semifinais contra o Mogi das Cruzes, que começa nesta segunda-feira, às 19h, no Ginásio do Tijuca. Mas as armas da equipe comandada pelo técnico José Neto vão muito além. Além da vantagem de decidir a série melhor de cinco em casa, o time rubro-negro aposta na versatilidade de seu elenco para chegar à sua quarta decisão em seis temporadas. O SporTV transmite ao vivo e o GloboEsporte.com acompanha em tempo real a partida.
Se individualmente o Flamengo só tem o ala Marcelinho em primeiro lugar nos arremessos de três pontos, coletivamente a equipe rubro-negra aparece entre as três primeiras em seis das nove estatísticas da competição. Com os números a seu favor, José Neto explica que o sucesso coletivo em tantos fundamentos não aconteceram por acaso.
- As pessoas destacam sempre os números ofensivamente. É a nossa cultura, não tem jeito. Mas quando montamos essa equipe nós acreditávamos muito na versatilidade dos atletas para que o time pudesse ter várias formas ofensivas de jogar. Acho que essa característica do nosso elenco nos dá um crédito maior e aumenta as chances de vencermos essa série contra Mogi das Cruzes - afirmou José Neto.
Para ilustrar esses números, o treinador rubro-negro usa o exemplo do ala Marcelinho nas quartas de final contra Bauru. Depois de se destacar ofensivamente nos dois primeiros jogos da série com 16 e 31 pontos, respectivamente, a principal arma do Flamengo anotou apenas dois e cinco pontos nas vitórias nos jogos três e quatro.
- Muitos acham que o Marcelo foi decisivo na vitória no segundo jogo com 31 pontos. Nas duas partidas seguintes anotamos 92 e 84 pontos, ele pouco pontuou, mas teve uma importância enorme com rebotes e assistências para o time. Se pensarmos desde a temporada passada, temos diversos times dentro do grupo. Nós sempre convivemos com problemas de lesão e nunca deixamos de ser competitivo. Hoje é difícil falar que a referência ofensiva do Flamengo é esse ou aquele jogador. Todos têm sua importância - explicou Neto.
Capitão rubro-negro e um dos exemplos da versatilidade rubro-negra, Marcelinho concorda com o chefe e não se mostra surpreso com os números conquistados pelo elenco do Flamengo ao longo da temporada.
- Sinceramente, não me surpreendo com esses números. Nosso time talvez tenha sido o mais regular do campeonato, mesmo com tantos desfalques. Na estreia, por exemplo, jogamos sem três titulares, sem o Tony (Washam), que não havia chegado, e ganhamos de Brasília. Eu fiquei fora até a quinta rodada e o Marquinhos só voltou à equipe no final do primeiro turno, e nunca deixamos de brigar na parte de cima da tabela. Nós temos peças de reposição e conseguimos nos adaptar aos desfalques jogando em alto nível. Acho que isso tudo é mérito da diretoria e da comissão técnica que montaram um elenco muito homogêneo - disse Marcelinho.
Um das armas do Flamengo, Marcelinho destaca a importância de começar as semifinais em casa com vitória (Foto: Caio Casagrande / Bauru Basket)
Números e estatísticas à parte, Marcelinho elogia o adversário das semifinais e destaca a importância de vencer os dois jogos em casa.
- O equilíbrio tem aumentado a cada temporada e acho até que isso já poderia ter acontecido antes. Só comprova que é um campeonato forte e equilibrado e que muitas equipes podem chegar e surpreender. Favoritismo não ganha jogo. Mogi é uma equipe bem montada e com um jogo coletivo muito forte. É até difícil destacar um jogador em especial, pois muitos têm se destacado. É uma grata surpresa ver uma equipe que brigou até a última rodada para entrar nos playoffs ter a oportunidade de disputar uma decisão. Sabemos que é importante começar bem a série e esses dois jogos em casa são fundamentais. Espero que nosso torcedor compareça em peso ao ginásio do Tijuca e nos como sempre fez - elogiou Marcelinho.
Apesar do mando de quadra a favor e da força do treinador do Flamengo, o técnico José Neto destaca a evolução do time paulista e não esconde a preocupação com o jogo físico do Mogi das Cruzes.
- Mogi tem uma particularidade que é o jogo físico. Eles jogam com uma intensidade muito grande e gostam de contato. Isso me preocupa. Outro ponto forte deles é a torcida, que joga junto e coloca muito pressão. Sem falar que é um time que nos venceu em Mogi. Nossa única vantagem de ter ficado em primeiro lugar é o mando de quadra. Sabemos que fora de casa é duro, os adversários se potencializam. Os playoffs são um campeonato à parte e temos que fazer valer nossa força diante do nosso torcedor - - afirmou o comandante rubro-negro.
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