Obras do módulo profissional do Ninho do Urubu estão paralisadas desde agosto de 2012
Grato, mas dispenso. Em miúdos, essa foi a resposta do Flamengo a uma oferta de terreno da Prefeitura do Rio de Janeiro no início deste ano. Em julho de 2013, o clube teve a promessa do prefeito Eduardo Paes que receberia R$ 5 milhões para concluir o Ninho do Urubu. Em seguida, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) recomendou que a prefeitura avaliasse melhor a doação financeira ao clube.
Diante do impasse, membros de Flamengo e prefeitura se reuniram em busca de uma solução. A opção encontrada foi a oferta de um terreno próximo ao local cedido ao Fluminense pela prefeitura, na Barra da Tijuca. O Flamengo avaliou as condições do local e após constatar que o solo era pantanoso e havia até mesmo uma parte da propriedade que fora vítima de invasão, declinou a oferta.
CT precisa de R$ 12 milhões para ser finalizado em oito meses
"O clube se sentia prejudicado, uma vez que já tinha terreno para o seu CT e não recebeu o valor prometido. Mas este terreno não atendia realmente às expectativas do Flamengo. A situação continua igual", disse o vice de patrimônio do Flamengo, Alexandre Wrobel.
Diante disso, o clube mais uma vez vai tentar retomar as obras no Ninho do Urubu, praticamente paralisadas desde agosto de 2012, até o fim deste mês. A expectativa é que o trabalho recomece no dia 20, já nos módulos 16 e 17, correspondente aos profissionais. O valor calculado para finalizar este setor é de R$ 12 milhões.
O clube estima ter 60% do valor já neste reinício de obras e terminar a primeira parte, dos profissionais, em oito meses. Em 2013, o Flamengo teve autorização para captar R$ 12,5 milhões por meio da Lei do incentivo fiscal. Parte do montante para retomar as obras no Ninho virá de empresas interessadas nesta ação. O restante de acordos como o costurado no fim de 2013 com uma empresa de material de construção, que rendeu R$ 1,5 milhão.
O valor estimado do total do centro de treinamento é de R$ 18 milhões. O Ninho do Urubu, em seu projeto, 24 suítes equipadas com aparelhos de tv a cabo e internet, cozinha industrial, refeitório, auditório e sala de jogos no módulo 16. No módulo 17 ficarão a antesala de imprensa, a sala de imprensa, o vestiário e o centro de fisioterapia. Esta parte será destinada ao futebol profissional.
Soluções para Morro da Viúva e Casarão de São Conrado em breve
Além do Ninho do Urubu, o Flamengo busca soluções para outros dois patrimônios: o edifício do Morro da Viúva, no bairro do Flamengo, e o Casarão de São Conrado, também na Zona Sul da cidade.
Em relação ao primeiro, o clube arrendou o espaço à REX, braço imobiliário da EBX, do empresário Eike Batista, por 25 anos, ao custo de R$ 18 milhões, já quitados, mais um percentual do lucro do empreendimento, que seria um hotel.
Em dificuldades financeiras, a REX busca um parceiro para conseguir tocar o projeto, idealizado para os Jogos Olímpicos de 2016. O prazo é curto e o limite para uma resolução é o fim deste mês.
Já o Casarão de São Conrado, famoso por ter servido de concentração para a geração campeã do mundo na década de 80, deverá entrar em acordo de permuta.
O clube recebeu uma oferta de uma empresa que comprou terrenos vizinhos. Desativado, o Casarão seria derrubado e, em seu lugar, construído um prédio empresarial. Além de receber cerca de R$ 380 mil inicialmente, o clube teria direito a algumas das salas no empreendimento.
O projeto foi encaminhado nesta terça-feira ao Conselho Deliberativo. Depois de análises de comissões jurídica e financeira, o acordo poderá ir a votação.
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