Desde que foi apresentado como reforço do Flamengo, no último dia 25, Carlos Eduardo tenta afastar de vez a “sombra“ deixada por Ronaldinho Gaúcho no Rubro-Negro.

O meia-atacante de 25 anos deve estrear pelo time da Gávea no domingo, no clássico diante do Botafogo, pela Taça Guanabara. Além das semelhanças físicas, o jeito de falar, alguns trejeitos e o olhar tímido durante as coletivas lembram bastante o consagrado gaúcho.

– O Ronaldinho é um cara que todo mundo sabe que foi o melhor do mundo, mas não tenho muito contato com ele no momento. Acho que agora a torcida tem que pensar no Carlos Eduardo no Flamengo e eu preciso dar continuidade aqui, dar alegrias aos torcedores – disse o meia no dia da apresentação.

Ambos começaram a carreira nas categorias de base do Grêmio, destacaram-se no clube, ganhando espaço no futebol europeu, e logo que voltaram ao Brasil foram os responsáveis por vestir a camisa 10 do Rubro-Negro. Mesmo tentando afastar qualquer comparação com Gaúcho, Carlos Eduardo diz que a motivação é grande de poder usar a camisa que Ronaldinho já vestiu:

– É um jogador que tem um talento grande, passou por aqui, e é uma motivação boa para mim de poder vestir a 10 do Flamengo. Estou preparado para dar o meu máximo.

Ambos são meias de bastante habilidade, tem boa visão de jogo, objetividade com a bola nos pés, além da facilidade de chegar ao ataque. Canhoto, Carlos Eduardo flutua mais no meio de campo, entrando pela ponta direita e aparecendo como elemento surpresa. Já Ronaldinho, que é destro, joga mais pelo lado esquerdo, entrando em diagonal na área para chutar com a direita.

Apesar das semelhanças, a torcida rubro-negra espera que a relação de Carlos Eduardo com o clube seja bem diferente da que Ronaldinho Gaúcho teve, saindo em litígio, não deixando saudades.

Semelhanças entre Ronaldinho e Carlos Eduardo

Gaúchos, começaram na base do Grêmio. Com passagens também por Seleções de base, logo foram para a Europa e retornaram para vestir a camisa 10 do Flamengo. O jeito de falar durante as entrevistas e a fisionomia também fazem Carlos Eduardo lembrar Ronaldinho fisicamente.

Meia crê que irá jogar 70 minutos

No Flamengo desde o dia 25 de janeiro, Carlos Eduardo está prestes a estrear pelo Rubro-Negro. Na quarta-feira, o meia-atacante participou do primeiro coletivo como titular da equipe que possivelmente enfrentará o Botafogo, domingo. Na última quinta-feira, foi escalado novamente entre os titulares. Mesmo tendo realizado intensas atividades físicas, o atleta acredita que não está pronto para jogar os 90 minutos do jogo.

– É difícil que eu consiga atuar durante toda a partida. Estou treinando a parte física durante a semana, mas acho que preciso de mais uma semaninha para melhorar a técnica. Acho que posso jogar uns 60, 70 minutos – disse o camisa 10 rubro-negro.

Aos 25 anos, Carlos Eduardo não joga uma partida oficial desde 6 de dezembro de 2012, pela Liga Europa, quando atuava pelo Rubin Kazan, da Rússia.

Bate-Bola
Carlos Eduardo - Em entrevista coletiva, no Ninho do Urubu
Você já está apto a jogar? Atuará no clássico com o Botafogo?
É difícil aguentar os 90 minutos em campo. Estou treinando físico durante a semana e acho que preciso de mais uma semaninha para melhorar a técnica. Mas uns 60, 70 minutos eu posso jogar.

E como está o sentimento com esta possibilidade de estreia com a camisa do Flamengo, ainda mais sendo em um clássico?

É especial jogar, ainda mais contra o Botafogo. Será um jogo diferente, com bons jogadores. Com certeza será bem especial.

Está pronto?

A confiança está boa. Chegou o momento. Já vinha jogando na Rússia, baixei o peso, mas sei que ainda preciso melhorar.

Elias elogia e vê time ideal

Assim como Carlos Eduardo, Elias chegou como grande reforço para o time rubro-negro nesta temporada. Além dos elogios feitos ao camisa 10, o volante garante que a equipe encontrará uma “formação ideal” até o fim do Campeonato Carioca.

– Conversamos bastante durante o treino. Ele (Carlos Eduardo) está se adaptando ao futebol brasileiro, é um jogador tranquilo, que vai ser muito importante. Para nós, no meio, não muda nada. Ele pode jogar aberto, pois se movimenta bem, dando mais opções para nós. O time está crescendo, temos mais coisas para dar, e para o fim do campeonato estaremos no esquema ideal – disse.