Wallim Vasconcellos e Ney Franco: reformulação
O turbilhão causado pela saída tumultada do técnico Jayme de Almeida aos poucos é digerido na Gávea. Depois de o diretor Paulo Pelaipe também ter sido demitido, cresceu pelos corredores do clube a informação de que o vice de relações externas, Plínio Serpa Pinto, assumiria uma função no futebol. Nesta sexta-feira, no entanto, o próprio negou qualquer possibilidade.
Em nota divulgada pela Brasil Brokers, empresa que já patrocinou o Flamengo e da qual é presidente, Plínio descarta assumir qualquer nova função no Flamengo. A ação é vista como um alento no ambiente político do clube e um alívio de pressão sobre o atual vice de futebol, Wallim Vasconcellos.
"Tenho 42 anos de experiência no mercado imobiliário e recentemente assumi o maior desafio da minha vida profissional. Embora pública a minha paixão pelo Flamengo, minha nova posição a frente da empresa traz com ela grandes desafios e grandes responsabilidades", disse Plínio no comunicado.
Figura influente na política do clube, Plínio Serpa Pinto voltou a ter um cargo no Flamengo ao assumir a pasta de relações exteriores, deixada por Flávio Godinho. Plínio tem ligação direta com o grupo do ex-presidente Kleber Leite, que apoiou a atual diretoria nas eleições de 2012. Desde então, teve participações em algumas decisões do futebol.
Robinho: sugestão de Plínio e nenhum retorno
Já em 2013, ele iniciou contatos para a contratação de Emerson Sheik, então no Corinthians. O atacante, no entanto, acabou renovando o contrato com o clube paulista. Há cerca de três meses, Plínio sugeriu à diretoria que entrasse em contato com o ex-lateral Serginho, representante do Milan no Brasil, em busca de informações sobre Robinho. Assim foi feito. O Milan, no entanto, não retornou o contato com números sobre o negócio.
A cúpula rubro-negra, no entanto, não considera o negócio viável. A experiência do fim de 2012, quando os recém-eleitos dirigentes encontraram Adriano Galliani, vice do Milan, no Rio de Janeiro, ainda está na mente. Além dos cerca de seis milhões de euros para o clube italiano, o atacante desejava algo em torno de R$ 1 milhão mensal. A negociação foi prontamente descartada.
Diretor-executivo só mesmo na pausa da Copa
Com o panorama político mais ameno após a manifestação de Plínio Serpa Pinto, a diretoria rubro-negra trabalha para continuar a reformulação do futebol. O clube aguarda a paralisação da Copa do Mundo para efetivar a substituição de Paulo Pelaipe.
Rodrigo Caetano, atualmente no Vasco, é um dos nomes preferidos. Não há, no entanto, conversas em curso. Em julho, o clube cruzmaltino passa por eleições e caso Eurico Miranda retorne ao poder, a permanência de Rodrigo, que tem contrato até o fim do ano, seria pouco provável. Sem multa rescisória, ele estaria livre.
Por isso, a diretoria mantém o compasso de espera. Rodrigo Caetano, por ter bom trânsito entre agentes e clubes e ser um executivo formado, é visto como o nome para tocar, ao lado de Ney Franco, a reformulação na base. O Flamengo deseja buscar nomes mais próximos da chegada ao profissional, entre as categorias sub-17 e sub-20, em um estágio inicial.
Caso o acordo com Rodrigo Caetano seja difícil, Alexandre Mattos, do Cruzeiro, e Felipe Ximenes, do Vitória, entrariam em pauta. Ao mesmo tempo, os olhos se voltam para o mercado de jogadores que estão no futebol internacional. Uma grande contratação no mercado nacional, devido a multas rescisórias altas, é considerado improvável.
Comentários do Facebook -