A Copa deles: Mundial abre brecha para substitutos de convocados

31/5/2014 09:02

A Copa deles: Mundial abre brecha para substitutos de convocados

Jogadores como Renan, do Botafogo, Reinaldo, do São Paulo, e Wellington, do Inter, tentam aproveitar vaga para crescer em seus clubes

A Copa deles: Mundial abre brecha para substitutos de convocados
Não vai ter Copa para jogadores como o goleiro Renan, do Botafogo, o volante Wellington, do Inter, ou o lateral-esquerdo Reinaldo, do São Paulo. Mas o Mundial traz benefícios diretos para eles e outros jogadores espalhados por alguns dos principais clubes brasileiros. É que titulares dessas equipes foram chamados para a disputa do principal torneio do planeta e, com isso, abriram brechas para substitutos mostrarem serviço.

É uma espécie de Copa para eles. O caso de Wellington, volante do Inter, é exemplar. Recém-chegado do São Paulo, ele teria que esperar para cavar um lugarzinho entre os 11. Aránguiz, um dos destaques do time, não deixava poréns em sua condição de titular colorado. Mas foi convocado para defender o Chile no Mundial. E permitiu que Wellington mostrasse sua cara aos colorados, mesmo em função diferente, mais defensiva, do que a do colega. Já tem quatro jogos como titular.

- Na verdade, não estou exatamente no lugar dele (Aránguiz). Ele joga na direita, e nos últimos joguei na esquerda. É diferente. Mas estou feliz pela oportunidade. Não foi nada premeditado. Não vim porque haveria uma vaga durante a Copa: vim porque queria vir, porque o Internacional teve interesse - comenta Wellington.

Em boa parte das situações, nem é uma questão de roubar a vaga do titular, mas de se mostrar capaz de ajudar a equipe quando for preciso. Aránguiz, quando retornar para o Inter (está em vias de ser comprado pelo clube), fatalmente terá o lugar entre os titulares de volta. Mas talvez não seja Wellington, e sim um meia mais avançado, quem deixe o time.

Quem vive situação semelhante à de Wellington é André, do Atlético-MG. Ele vem jogando como titular desde antes de Jô se apresentar à Seleção - já que o titular estava lesionado no Galo. Já tem cinco partidas consecutivas, com quatro vitórias e um empate. Fez três gols - um no triunfo de 2 a 1 sobre o rival Cruzeiro, outros dois no Santos, seu ex-clube. Pode ou forçar Levir Culpi a repensar o setor ofensivo, ou ocupar o lugar de Jô permanentemente no caso de uma eventual transferência do jogador da Seleção.

O mesmo vale para Walter, substituto de Fred no Fluminense. Já tinha moral quando o titular seguia jogando e ganhou ainda mais respaldo depois de ele ir para a Seleção. Fez dois gols na goleada de 5 a 2 sobre o São Paulo, na sexta rodada. A ideia de usar os dois juntos, já testada sem grande sucesso, pode ganhar nova chance.

Realidades diferentes vivem os goleiros Giovanni e Renan, reservas de Victor no Atlético-MG e Jefferson no Botafogo, respectivamente. É impensável que um deles vire suplente na volta da Copa, mas seus habituais reservas ao menos puderam jogar. Tiveram espaço para mostrar se um dia podem herdar a camisa 1 dos atuais donos delas.


Renan, do Botafogo, tem chance rara com Jefferson na Copa (Foto: Wagner Meier / Agif)

- São mais algumas oportunidades que estou tendo. Agradeço pela confiança de poder jogar. Vejo como algo positivo, independentemente do resultado. Espero manter a regularidade nesse último jogo antes da parada e ganhar mais uma vez. Vejo a confiança de todos em mim. O Jefferson é um dos melhores goleiros do Brasil e merece estar na Seleção. É uma responsabilidade grande, mas sei do meu potencial - comenta Renan.

A fresta encontrada por esses atletas é generosa. Engloba quatro rodadas da Série A - da sexta à nona - mais o período de treinamento que os times terão durante o Mundial, após as miniférias oferecidas aos elencos. Cabe a eles fazer valer a oportunidade. E tem acontecido - pelo menos em frequência, em continuidade. De todos os substitutos, o único que não esteve presente nas três últimas rodadas foi Mendieta, do Palmeiras, que herdou a vaga de Valdivia e atuou na sexta e sétima rodadas, mas depois se machucou - foi desfalque na derrota de 2 a 0 para o Botafogo e é dúvida para pegar o Grêmio no domingo.

As situações vividas pelos substitutos não são uniformes. Felipe, goleiro do Fluminense, vive momento curioso: vem jogando porque Diego Cavalieri está de sobreaviso. Cada seleção tem 23 convocados, mas precisa mandar à Fifa uma lista maior, de 30 nomes. Os sete atletas excedentes só irão ao Mundial no caso de alguma lesão dos demais, só que, mesmo assim, não podem jogar em seus clubes. É o caso de Cavalieri, para sorte de Felipe.

- É difícil assumir essa responsabilidade. O Diego tem uma história aqui dentro, mas, desde que eu cheguei, treinei muito e me dediquei. O pensamento é ajudar o Fluminense, independentemente de quem jogar. Os resultados positivos estão aparecendo. O Cristóvão falou para eu manter a tranquilidade e fazer o que venho fazendo nos treinamentos. Apesar de eu ser novo, tenho certa experiência de alguns clubes. O mais difícil é o ritmo de jogo. É bem diferente treinar de jogar. A maior dificuldade é o ritmo. Com os jogos, nós vamos melhorando - diz o goleiro tricolor.

Convocações de seleções estrangeiras abriram vagas na lateral esquerda de dois clubes. No Santos, a ida de Mena para o Chile fez a condição de titular cair no colo do jovem Zé Carlos, de 20 anos - isso porque Emerson Palmieri, substituto imediato do gringo, se machucou. Ele vem tendo atuações regulares - melhorou na vitória de 1 a 0 sobre o Bahia. No São Paulo, Álvaro Pereira foi chamado para defender o Uruguai na Copa, e com isso a posição ficou sob os cuidados de Reinaldo, que aos poucos tenta mostrar que tem condições de disputar posição.

- É um período muito bom. Eu não vinha jogando, estava sem ritmo, e agora venho jogo a jogo, sempre recuperando esse ritmo para ajudar o São Paulo. Tenho que trabalhar para recuperar a vaga de titular. Com o Álvaro indo para a seleção ou não, cabe a mim trabalhar, ganhar a confiança do Muricy. Como venho de um período sem atuar, estou recuperando a cada jogo. Daqui para a frente, é só evoluir mais e mais - analisa Reinaldo.

Há ainda episódios em que a convocação para a Copa coincidiu com a despedida do clube. Foi o que aconteceu com o zagueiro Otamendi, no Atlético-MG, e o meia Lodeiro, no Botafogo. Seja como for, calhou bem para Edcarlos, no Galo, e atletas como Carlos Alberto, Zeballos e até Bolatti no Alvinegro carioca, onde as mudanças vêm sendo frequentes.

Mas nem todos os convocados para a Copa eram titulares em seus times. A ida de Erazo para a seleção do Equador não causou grandes traumas no Flamengo. E Eguren pouco vinha jogando no Palmeiras. Sua ausência não define a chance que Renato vem recebendo - mas influencia nela.

1569 visitas - Fonte: Globoesporte.com


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