Cafu doou chuteiras e a camisas para a exposição que roda o país (Foto: Isabella Pina)

A 12 dias da Copa do Mundo, receber três campeões mundiais e uma exposição que relembra as histórias dos mundiais é o ingrediente perfeito para inflamar a ansiedade dos amazonenses para a Copa do Mundo. Neste sábado, o bicampeão Cafu, Ronaldão e Mengálvio apresentaram à imprensa a exposição "Brasil um país um mundo", no Shopping Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus.

No total, os convidados somam cinco Copas do Mundo. Mengálvio estrelou a lista de convocados da Copa de 62 e fez parte da campanha, mesmo como reserva do meia Didi, do bicampeonato brasileiro, em edição realizada no Chile. Ronaldão participou da Copa de 94, e conquistou o tetracampeonato nos EUA. E Cafu, figura simbólica no futebol mundial, detentor da marca de maior números de partidas pela seleção brasileira, dois títulos mundiais e a inesquecível erguida da taça de 2002.

No tour pela exposição, que será aberta ao público neste domingo, os campeões relembraram histórias de suas participações em Copa do Mundo. Espalhadas pelo salão, camisas históricas da seleção brasileira encheram os campeões de orgulho. Chuteira de Ademir Menezes, na Copa de 50, à usada por Cafu na final de 2002. Pelé, Belleti, Branco, Zito, Djalma Santos, todos os craques brasileiros deram suas contribuições ao acervo histórico da exposição.

- É uma exposição muito bacana. Com itens históricos e que não nos deixam esquecer da nossa tradição no futebol. É a nossa origem. Aqui, temos camisas desde aquelas de 60 até às atuais. Olha aqui, a chuteira que eu usei no jogo com a Alemanha em 2002. Deixa eu ver se é ela mesmo... É! – brincou Cafu ao encontrar a camisa, a chuteira e uma medalha de ouro do mundial daquele ano.


Mengálvio, campeão mundial de 62 falou sobre paixão pelo Santos (Foto: Isabella Pina)

Mengálvio, fascinado com a exposição, falou sobre a alegria de “ser lembrado”. Prato cheio de histórias dos bastidores da histórica seleção de 62, que perdeu o Pelé em sua segunda partida, o campeão riu, em coletiva de imprensa, ao relembrar a pressão naquela edição.

- Naquela época, quando o Pelé machucou, a gente ficou preocupado. Mas é verdade que nossa Seleção tinha muitos jogadores de personalidade, que não aceitaram se intimidar. Quem substituiu o Pelé foi Amarildo, que jogou bem, mas precisou levar uma bronca do Branco para conseguir se manter firma – relembrou o campeão, que se emocionou ao encontrar na exposição uma camisa do Santos de 69: "O Santos é e foi a minha vida”.


Ronaldão em exposição no Amazonas (Foto: Isabella Pina)

Ronaldão, com uma simpatia característica, entre atender um ou outro pedido de autógrafo, relembrou algumas histórias. Antes, em coletiva, brincou com sua convocação para a Copa de 94.

- Eu fui uma surpresa. Foi uma surpresa até pra mim, que fui chamado uma semana antes do mundial, porque um companheiro havia se lesionado. Estar num mundial é algo que marca um atleta – afirmou Ronaldão, que atuou junto com Cafu na edição.

Exposição aberta ao público

De painéis das Copas a vídeos e jogos interativos. De chuteiras históricas, camisas de seleções e times que marcaram época, a exposição fica aberta ao público durante todo o domingo,no Shopping Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus, com entrada franca para os amazonenses que quiserem conhecer mais sobre a história do futebol brasileiro.

Desde sua estreia em Brasília em dezembro do ano passado, "Brasil um país um mundo" já passou por Curitiba, Salvador, Recife, Porto Alegre, Natal, Fortaleza, Belo Horizonte e Cuiabá e rodará até julho pelas demais cidades-sede da Copa. Integrante da Programação Oficial do Governo Federal da Copa do Mundo, a exposição traz um acervo composto de relíquias que levam o visitante numa viagem pelo tempo até os anos 30, reunindo camisas usadas em jogos de Copas, campeonatos oficiais e jogos amistosos, troféus, medalhas, bolas e chuteiras.