11/6/2014 08:05
Por que não te calas?
Mais evidente em uns, menos em outros, a tensão pré-estreia atinge a todos na Granja Comary — jogadores, comissão técnica, dirigentes e até jornalistas. Ninguém aguenta mais treinos nos quais, ainda que veladamente, a maior preocupação é evitar contusões e, pior, longas e monótonas entrevistas coletivas sobre o sexo dos anjos.
A importância da vitória sobre a Croácia é ressaltada unanimemente pelos integrantes da seleção e da imprensa, que enxergam nesse resultado um combustível fundamental para que o Brasil se encha de moral, empolgue a torcida e embale na luta pelo hexa.
É por aí, mesmo. Embora a Espanha, última campeã mundial, tenha estreado na África do Sul com uma derrota por 1 a 0 para a Suíça, teme-se que um revés inicial abale os nossos craques mais jovens e inexperientes em Copas do Mundo (como Oscar, Bernard, Marcelo e Neymar) e, a partir daí, o fato de jogar em casa possa se tornar pressão, em vez de incentivo.
Diante disso tudo, um magro 1 a 0, no Itaquerão, será visto, por muitos, como goleada. Placar que, aliás, o Brasil já teve a seu favor em outra estreia, também contra os croatas, na Copa de 2006, na Alemanha (gol de Kaká).
O final daquele filme, porém, não foi feliz — morremos contra a França, nas quartas de final. Melhor, então, ganhar de pelo menos 2 a 0, né? E jogando bem, coisa que não fizemos naqueles tempos do “quadrado trágico”...
Palpite infeliz
Confesso, senti um frio na espinha ao ler a entrevista que o companheiro Jorge Luiz Rodrigues fez com o presidente da CBF, José Maria Marin. Nela, em meio a outras considerações esdrúxulas, o cartola se sai com um disparate em seu “gran finale”:
— Só uma fatalidade nos tira o título!
Ai, ai, ai. Lembrei-me, imediatamente, do rei Juan Carlos, da Espanha, repreendendo o finado presidente venezuelano Hugo Chavez, em conferência Íbero-Americana, no Chile.
Por que não te calas? Esse tipo de fanfarronice não traz bons fluídos e não ajuda em nada. Como costuma dizer o técnico Muricy Ramalho: “A bola pune”... Isola!
Xô, bruxas!
No amistoso, contra a Sérvia, Neymar sofreu uma leve torção no joelho, mas continuou a jogar. No coletivo de ontem, foi a vez do seu tornozelo falsear, deixando todo mundo na Granja de cabelos mais em pé do que os dele. Afortunadamente, também não foi nada grave. Não é melhor deixar de dar chance ao azar, nesses tempos de bruxas soltas no pré-Copa? Faltam apenas dois dias! Preservemos o nosso craque inteiro para enfrentar as pancadas da turma da Croácia!
No olho da rua
E o Seedorf, hein? Valeu a pena abandonar o Fogão?
961 visitas - Fonte: O Globo
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