Não chore por nós, seleção!

30/6/2014 10:27

Não chore por nós, seleção!

Não chore por nós, seleção!
Não sou adepto daquele papo antiquado e bocó de que homem não chora. Sou, hoje em dia, um chorão de carteirinha. Dependendo da ocasião e do estado de espírito, me debulho em lágrimas de esguicho até em “sessão da tarde", especialmente se o tema for o sofrimento de criancinhas ou animais — menos mal que nesses filmes, após muitas agruras, o final é sempre feliz.

O preâmbulo é importante porque o que começa a me incomodar no choro epidêmico dos jogadores da nossa seleção não são as lágrimas, em si, mas o que as tem causado e o que isso pode significar e provocar.

Por exemplo: o que se espera de um capitão? Comando, liderança e exemplo, certo? E o mesmo pode se aplicar ao craque do time (por isso, muitas vezes, as funções se acumulam).

Em suma: na hora em que o bicho pega é fundamental que o líder acalme e motive, aponte caminhos e mostre como todos devem se portar. Por isso e para isso, ele foi escolhido pra usar a braçadeira.

E é por aí que a coisa começa a me preocupar. Se na hora da decisão por pênaltis, o nosso capitão Thiago Silva prefere se isolar pra chorar (e, segundo ele, rezar), sentado em cima de uma bola, longe dos demais, o que está passando pro resto da tropa? Confiança, definitivamente, não é. No limite, seus companheiros podem até imaginar: “Só nos resta orar!” E haja choro, desespero e descontrole.

Outro detalhe: o capitão pediu para ser o último a bater — isso se fossem necessárias as cobranças alternadas!!! Estranho, não? Por mais que pênaltis não sejam a sua especialidade.

Foi muito esquisito também ver Júlio César soluçando antes mesmo da primeira cobrança. OK, isso parece não tê-lo abalado, pois pegou dois dos cinco pênaltis e ainda teve a sorte de ver o último beijar o poste. Mas com que ânimo ficaram os nossos batedores, vendo o seu goleiro em prantos?

O terceiro exemplo dessa emoção exacerbada é Neymar, nosso craque maior, que se comove até às lágrimas no Hino, antes de a bola rolar. Cena tão bonita e rara quanto inquietante.

Mas, afinal, o que pode estar causando tanta emoção? Jogar uma Copa do Mundo em casa, certamente, é algo único e muito especial. Jogar esta Copa com a OBRIGAÇÃO de ganhar agrava muito a situação e anaboliza de forma cavalar a descarga de adrenalina no sangue de nossos jogadores.

Chegamos, enfim, ao que me parece ser o busílis da questão. A tal (e maldita) OBRIGAÇÃO de conquistar a taça, entre outras bobagens, para exorcizar o drama de 1950, alegrar o nosso povo tão sofrido e por aí vai...

Dá pra entender, agora, porque sempre impliquei com o tal discurso ufanista, adotado por Felipão e Parreira, dizendo que TÍNHAMOS QUE GANHAR e, pior, ÍAMOS GANHAR? Ora, por mais que o futebol seja paixão nacional, e os brasileiros torçam pelo hexa e o esperem num Mundial disputado aqui, tudo continua a ser apenas um jogo, um esporte, um negócio milionário.

Se o Brasil perder, o mundo não acabará. Que nossos craques tirem esse peso absurdo das costas e apenas joguem. Com alegria. Quem sabe assim nosso futebol não reaparece?

Quase, Holanda...

E não é que Ochoa ia fazendo novo milagre e desclassificando uma das favoritas, a Holanda? Foi por pouco. Bem pouco. O goleiro mexicano voltou a pegar uma barbaridade, e a virada holandesa, nos últimos minutos, aconteceu quando a torcida do México já comemorava a vaga.

Em tempo: pra mim, a câmera de superzoom não deixa dúvidas. Rafa Marquez pisou Robben dentro da área, e o pênalti que deu a vitória à Laranja Mecânica foi bem marcado. O cracaço holandês já sofrera outro (não assinalado) na primeira etapa, e a vitória e classificação de sua seleção foram merecidas. Por mais que tenha sido uma maldade com o espetacular Ochoa.

A maior esperança



Que a Colômbia vem jogando um futebol bem melhor e James Rodríguez é um cracaço não se discute. Mas continuo a achar que o peso da camisa ainda pode fazer a diferença. A nosso favor.

939 visitas - Fonte: O Globo


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