Eduardo da Silva desembarca ao lado da filha Lorena: expectativa para vestir a camisa do Fla (Foto: Edgard Maciel de Sá)
Dentro de campo o Flamengo vive uma situação delicada. Após a derrota para o Atlético-PR na última quarta-feira, a equipe assumiu a lanterna do Campeonato Brasileiro. Fora dele, a diretoria rubro-negra se movimenta para melhorar o elenco. E o principal reforço já está no Rio de Janeiro: o atacante Eduardo da Silva, de 31 anos desembarcou na manhã desta quinta-feira no Galeão para realizar exames médicos e assinar contrato por um ano e meio. Com o acerto já selado desde o começo da semana, o brasileiro estava na Croácia - onde se despediu na última terça da seleção nacional - resolvendo os detalhes finais da mudança para o Brasil. Segundo o próprio jogador, a apresentação deve acontecer ainda nesta quinta.
Eduardo chegou ao Rio acompanhado da esposa Andrea e dos filhos Lorena e Matheus. Além de 11 malas que representavam bem a sua longa passagem pelo futebol europeu - tanto que foi um dos últimos a desembarcar, cerca de 1h40 após a aterrissagem. Logo recebeu o abraço da mãe, Joelma, e do irmão Bruno. Tímido e sempre com um tom de voz baixo, o jogador mostrou empolgação para vestir a camisa do Flamengo e deixou claro que não poderia recusar o convite.
- Volto ao Brasil depois de 15 anos para um grande desafio. Estou muito feliz de poder jogar, se Deus quiser, em um grande clube como o Flamengo. Vou tentar dar meu máximo para ajudar o time. Está quase tudo certo. Acabei de chegar, vou ver o que falta e acho que a apresentação será ainda hoje (quinta-feira). Outros clubes me procuraram. Mas quando recebi esse convite, seria difícil dizer não ao Flamengo. Jogar no Flamengo é uma oportunidade única que não se pode dispensar - disse em entrevista ao GloboEsporte.com.
Depois de deixar o Brasil em 1999 após se destacar na Taça das Favelas, Eduardo defendeu três clubes em sua carreira: Dínamo Zagreb (2001/07), Arsenal (2007/10) e Shakhtar Donetsk (desde 2010). Naturalizado croata, disputou a Eurocopa de 2012 e a última Copa do Mundo - quando ficou no mesmo grupo do Brasil. Mas jogou pouco no Mundial e entrou apenas no segundo tempo da goleada da Croácia por 4 a 0 sobre Camarões. Durante o torneio, o atacante se encontrou com Felipe Ximenes, diretor executivo do Flamengo, no hotel onde a seleção estava concentrada, na Zona Sul de São Paulo. Na ocasião, tanto o dirigente como o jogador negaram que a conversa fosse sobre uma possível negociação.
Após o desembarque, Eduardo falou ainda sobre sua adaptação ao futebol brasileiro, disse que vai precisar de sete a dez dias para ter condições de estrear, analisou o momento delicado do Flamengo no Brasileirão, se disse preparado para a responsabilidade e minimizou o fato de torcer pelo Vasco quando pequeno.
- Esse negócio de Vasco era coisa de infância. Sai muito cedo para a Europa e sou profissional.
Confira outras respostas do jogador:
Eduardo abraça o irmão Bruno após desembarcar no Rio de Janeiro (Foto: Edgard Maciel de Sá)
Adaptação
Foram 15 anos fora do Brasil. Se eu consegui me adaptar ao futebol europeu, que é mais difícil, não acho que terei muitas dificuldades. Claro que vou precisar de um tempo, até porque o futebol brasileiro é totalmente diferente. Acho que as dificuldades serão mais fora de campo do que dentro.
Estreia
Disputei a Copa e fiquei duas semanas parado. Claro que treinei nesse período, mas nada especial. Não é o mesmo nível do que se treinar com a equipe. Se tudo der certo, acho que vou precisar de sete a dez dias para poder jogar. Mas não vou estar 100%.
Encontro com Ximenes
Estávamos conversando mais para nos conhecermos mesmo. Falamos da vida no Brasil, sobre o futebol daqui...
Momento do time
É uma situação delicada, mas são apenas dez rodadas. Com uma ou duas vitórias seguidas o Flamengo já vai estar disputando fora da zona do rebaixamento. Momentos como esse fazem parte do futebol. Todos sabem que o Flamengo é um grande clube. Às vezes, os grandes entram em crise. Mas tenho certeza de que o Fla vai sair dessa.
Responsabilidade
Não será só minha, mas de todo o grupo. Primeiro tenho que me adaptar. Mas posso dizer que estou preparado para tudo.
Vascaíno na infância, mãe flamenguista
Estou feliz como a minha mãe por esse acerto. Esse negócio de Vasco era coisa de infância. Sai muito cedo para a Europa e sou profissional. Estou muito feliz por voltar ao Brasil. Como disse, jogar no Flamengo é uma oportunidade única.
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