1/3/2013 09:36
Eternamente Arthur: legião de pais batiza filhos com nome do craque
Arthurzinhos levam na certidão de nascimento a idolatria por Zico
A paixão dos rubro-negros por Zico não tem limites, mesmo passados quase 20 anos de sua despedida do futebol. Um amor que se perpetua de pai para filho é capaz de gestos que beiram à idolatria como eternizar o primeiro nome do ídolo, Arthur, nos varões da família. Dos milhares de Arthurzinhos espalhados pelo mundo, o ATAQUE reuniu sete para homenagear os 60 anos de Zico. Arthur Sysak Pellegrini, 2 anos e 2 meses; Arthur Costa Pimentel de Carvalho, 2 anos e dois meses; Arthur Antunes Pollard, 3 anos e 8 meses; Arthur Grecchi Perez, 4 meses; Arthur Mark Correia dos Santos, 2 anos e 10 meses; Arthur d’Almeida Donnard, 2 anos, e Arthur Santos Araújo, 14 anos, representam bem duas gerações de herdeiros do eterno craque. Tradição rubro-negra que parece não ter fim.
“Meu pai é fã do Zico, eu sou e minha mulher se chama Andreia Antunes. Não podia perder a chance de o meu filho ter o nome e o sobrenome do Zico. Quem sabe um dia ele vai ser jogador de futebol?”, especula Heron Pollard, 32 anos, pai de Arthur Pollard e professor de educação física.
Torcedora do Flamengo, Maria Fernanda Braga também não desperdiçou a chance. A certeza veio após testemunhar o tratamento dispensado pelo ídolo a uma torcedora com paralisia.
“Fiquei emocionada. Quando peguei meu autógrafo disse ao Zico que meu primeiro filho teria o nome dele. Ele é o máximo”.
Mas nem sempre a escolha do nome foi consenso. A jornalista Danielle Costa, 37 anos, sofreu com os insistentes pedidos do marido, o repórter Wilson Pimentel.
“Não era um nome que eu amava. Tinha outras opções: Guilherme, Bernardo... Não chegamos a brigar, mas discutimos por seis meses e ele venceu pelo cansaço, mas hoje acho o nome lindo”, diz, orgulhosa, a mãe de Arthur Costa.
O pai de Arthur Grecchi também precisou de muito jeitinho para convencer a mulher, Roberta, torcedora do Vasco, a colocar Arthur no primeiro filho do casal.
“Enrolei ela (risos). No início disse que era por causa do Rei Arthur e só depois que era por causa do Rei da Raça, o Zico”, explica Rodrigo Perez.
Já o designer Renato de Almeida Araújo, 40, foi além de todas as expectativas.
“Coloquei o nome de jogadores do Flamengo em meus três filhos. Além do Arthur, tem também o Jean, que marcou três gols em uma final contra o Vasco. E o Walace, que jogou pouco tempo, mas que eu gostava do nome”, explica.
“O Zico foi o mais completo e constante. Foi quem chegou mais perto do Pelé. É meu maior ídolo”.
Na véspera dos 60 anos de Zico, há quem queira lhe dar um presente ainda maior.
“Pelo que representou, o Zico deveria ser eterno. Tomara que possa completar mais 60, ser um Highlander, um imortal”, sugeriu Bruno Mark, 34 anos.
Lula Pellegrini: 'Espera pai, é o Zico quem deve bater'
Maracanã, 22 de novembro de 1987. Pela Copa União, o Flamengo vencia o Santa Cruz por 2 a 1, e o jogo caminhava para o final. Apaixonado pelo Flamengo e pelo filho, então com 9 anos, o zeloso pai conduzia sua cria na arquibancada a caminho da saída quando, aos 44 minutos do 2º tempo, o juiz marcou falta na entrada da área. Mãos dadas com meu "coroa", segurei firme e pedi, confiante: “Espera, pai, é o Zico quem deve bater”, implorei.
Até hoje aquela curva feita pela bola não sai da minha cabeça: 3 a 1, três gols do camisa 10. Abraçados, descemos o túnel comemorando aquela tarde festiva e saudando o nosso Rei Arthur, entidade máxima da Nação Rubro-Negra. Mal sabia o velho Pellegrini que essa seria a lembrança mais remota que o filho teria do estádio.
Estive frente a frente com o Galinho três vezes, duas delas na casa da família Antunes Coimbra, em Quintino. A humildade e o carinho com os fãs me impressionaram, o que só fez crescer a admiração pelo jogador e pelo "cidadão comum".
Em fevereiro de 90, chorei no ombro do meu pai na despedida de Zico. A tristeza e o vazio, porém, transformaram-se numa explosão de alegria em 13 de dezembro de 2010. Nessa data, escolhida por causa do título mundial de 81, nascia o meu Arthur.
Simbolicamente, aquela pequenina roupa vermelha e preta que ele vestia retratava todo amor e fascínio que sentia por ele. Algo que não se explica, de pai para filho.
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