Cláudio Adão pede a profissionalização dos árbitros (Foto: Richard Pinheiro/GloboEsporte.com)

Bola na mão, mão na bola. Impedimento que não foi, mas o bandeirinha assinalou; e a bola que ultrapassou a linha, entrou e o juiz não viu. Em vários jogos do Campeonato Brasileiro 2014, nas séries A e B, o desempenho da arbitragem tem sido colocado em xeque, devido a alguns erros ou interpretações equivocadas dos "homens do apito".

Muitas críticas tem sido feitas em programas esportivos e até mesmo os próprios jogadores reclamaram publicamente, como Emerson Sheik, quando defendia o Botafogo e Richarlyson, do Vitória. Outra personalidade do futebol que faz parte do coro dos descontentes é o ex-jogador Cláudio Adão.

Pedindo a profissionalização dos árbitros, Cláudio Adão questiona como acontece a dedicação dos árbitros ao futebol, tendo que conciliar os jogos com outras profissões. O ex-jogador acredita que seria mais apropriado que os juízes tivessem contratos assinados com as Federações estaduais ou com a CBF.

- Acho que os árbitros tem que ser profissionais como os jogadores. Eles têm que ser assalariados, contratados pela Federação. Como que o cara se cuidar, vai trabalhar num escritório, e depois apitar jogos na quarta e domingo, como é que pode? É um trabalho escravo. Seria uma influência positiva essa profissionalização para os árbitros.

O agora treinador (que está sem clube), comparou os árbitros brasileiros da atualidade com o ex-juiz Armando Marques (morto aos 84 anos, em julho deste ano), que segundo Adão foi o melhor árbitro que já viu em campo. Querendo uma arbitragem mais 'em cima do lance', Cláudio Adão ainda sugere a adoção de dois árbitros em campo, como no basquete e afirma que os juízes de futebol estão "correndo errado".

- O Armando Marques, que pra mim foi o maior árbitro que a gente já teve, acompanhava todas as jogadas de muito perto. Eu acho que o campo é muito longo para os árbitros, mas eu sinto que eles estão correndo errado e o Armando Marques corria em diagonal. O cara dava um chutão e não sei como ele chegava. Eu acho que deveria colocar dois juízes, igual ao basquete. Seria legal, um fica aqui e outro lá, acompanhando de perto. Seria uma forma de reduzir as falhas do árbitros - finaliza.

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