Fla confirma fim do apoio à ginástica e ao judô e só mantém base e escolinha

5/3/2013 12:19

Fla confirma fim do apoio à ginástica e ao judô e só mantém base e escolinha

Diego e Dani Hypolito, Rosicléia Campos e Érika Miranda perdem patrocínio

Fla confirma fim do apoio à ginástica e ao judô e só mantém base e escolinha
A diretoria do Flamengo confirmou o fim do apoio financeiro à ginastica e ao judô profissionais. De acordo com o planejamento feito pelo vice-presidente de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa, em conjunto com o diretor executivo da pasta, Marcelo Vido, o clube vai manter as duas modalidades apenas com categorias de base e escolinhas, como aconteceu com a natação. A diretoria rubro-negra afirma que o custo das duas equipes juntas chegava a R$ 2 milhões por ano e que não teve sucesso ao pedir ajuda a duas esferas do governo e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

- Infelizmente nós estamos sendo obrigados a suspender temporariamente as equipes de ginástica artística e judô. Fomos conversar com a prefeitura, com o governador e com o COB para tentar explicar a situação e tentar uma ponte para 2013. Na prefeitura houve uma discussão mais em torno do futebol. No governo, houve uma ajuda da Loterj para o basquete. No COB só nos foi oferecido apoio logístico, com centro de treinamento, ajuda em construções para o remo e coisas do tipo. Mas nenhum dinheiro vivo nos foi oferecido - disse Póvoa, em entrevista coletiva na sede da Gávea, na manhã desta terça-feira.

Desta forma, o Flamengo deixa de patrocinar atletas como o bicampeão mundial do solo, Diego Hypolito, Jade Barbosa e Daniele Hypolito, no caso da ginástica. No judô, perdem o emprego nomes importantes, como a técnica da seleção brasileira feminina, Rosicléia Campos e a atleta olímpica Érika Miranda, além de João Gabriel Schlittler, Breno Viola e Nacif Elias. No ano passado, a equipe feminina de judô conquistou o título inédito do Grand Prix Interclubes. Antes deles, o judô rubro-negro teve em seus tatames medalhistas olímpicos como Aurélio Miguel (ouro em 1988) e Henrique Guimarães (bronze em 1996).

Dos esportes olímpicos, apenas o remo, por exigência estatutária, o pólo aquático e o nado sincronizado, com baixo custo, e o basquete, com patrocínio próprio, serão mantidos. Mesmo admitindo que o time, líder da atual edição do NBB, ainda está em déficit, Póvoa garantiu que não há risco do fim da equipe e ressaltou que se trata do segundo esporte do clube atualmente.

No fim do ano passado, após a vitória de Eduardo Bandeira de Mello na eleição presidencial do clube, a nova diretoria já havia anunciado o fim da equipe de natação, que tinha como expoente o campeão olímpico e bicampeão mundial Cesar Cielo, além de Nicholas Santos, Leonardo de Deus, Thales Cerdeira e Henrique Barbosa, antigos membros do P.RO.16. Segundo Póvoa, o plantel gerava um custo de R$ 5 milhões anuais para o Flamengo.

Em novembro de 2012, o ginásio Cláudio Coutinho, onde a equipe de ginástica treinava, foi destruído por um incêndio. Desde então, os ginastas vinham utilizando as instalações do Velódromo, que, entretanto, fechou as portas no último dia 8 de fevereiro. O local será demolido para a construção de um novo, já que não atende aos requisitos necessários para receber as Olimpíadas de 2016. Sem o Velódromo, os atletas do masculino passaram a treinar em São Paulo, e do feminino, em Três Rios, interior do Rio de Janeiro.

Esportes olímpicos do Fla entre altos e baixos nos últimos anos
Os esportes olímpicos do Flamengo passaram por outras crises na última década. Em 2009, a gestão de Márcio Braga anunciou não ter verbas para renovar os contratos dos esportes olímpicos, exceto o remo e o basquete - o primeiro é uma obrigação assegurada pelo estatuto do clube, e o segundo tinha patrocinador próprio. O desgaste foi enorme com os principais nomes da ginástica, mas um acordo com a prefeitura de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, apareceu como salvação. A ajuda de R$ 80 mil mensais, no entanto, nunca foi dada, já que problemas burocráticos emperraram o acordo. O grupo ficou quase um ano sem receber salários, apenas utilizando a estrutura física disponível.

Patrícia Amorim, então vice-presidente de esportes olímpicos, foi substituída por João Henrique Areias no cargo, e os problemas no basquete foram evidenciados. O novo dirigente montou um projeto para oferecer a equipe a uma cidade do estado do Rio de Janeiro e vender cotas de patrocínio a pessoas físicas e jurídicas do município, com o objetivo de arrecadar R$ 150 mil por mês. Areias conseguiu um patrocínio, colocou os salários em dia e fechou acordo com a Arena da Barra para mandar os jogos da final da primeira edição do Novo Basquete Brasil (NBB). O time sagrou-se campeão mas, no dia seguinte ao título, Areias desligou-se do cargo.

A eleição de Patrícia como presidente do Flamengo, empossada em janeiro de 2010, fez os investimentos em esportes olímpicos crescerem. A mandatária negociou dívidas com salários da ginástica, fechou novos patrocínios para o basquete e investiu na natação, contratando Cesar Cielo como carro-chefe de uma equipe que contava ainda com Joanna Maranhão, Nicholas Santos, entre outros.

1268 visitas - Fonte: Globo Esporte


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